A importância de recordar

Para o menino e para a menina

Primeiro, assistiu-se à morte da película e ao advento do digital, fazendo desaparecer o mistério e a incerteza que decorriam do revelar de um rolo fotográfico, incertos sobre se tínhamos fechado os olhos, ficado de boca aberta ou se a lente tinha feito das suas e desfocado uma paisagem que se olhava como magnífica.

Depois, e quase sem se dar por isso, deixámos de fazer álbuns de fotografias, guardando as imagens em pastas digitais e rezando para que, na falta de um disco externo ou dos backups que prometemos (sempre) para amanhã, o disco do computador não fosse desta para melhor.

Quem daquele(a), que anda agora nos seus trintas, quarentas ou daí para cima, não tem guardados os seus álbuns de bebé, que mostrava às namorada(o)s ou aos amigos mais chegados e serviam – ou ainda servem – para animar ou desanimar serões bem passados?

Para recuperar a mística do álbum de fotografias, a Booksmile lança agora dois álbuns em formato livro dirigidos aos pais, recentes e futuros, que podem optar pela versão rosa – “Sou Menina” – ou pelo clássico azul-bebé – “Sou Menino”.

Organizado desde que a boa notícia é dada até à altura em que os petizes começam a aventura escolar no jardim-de-infância, os álbuns abrem espaço à colagem de fotografias, madeixas de cabelo, recordações preciosas da infância ou para a gravação, para a posteridade, de pés e mãos. E recordam, numa linha temporal, os primeiros anos de vida e o que deu origem a uma grande aventura: a primeira ecografia, a versão de ambos os pais de como se conheceram, o que acontecia no mundo no dia do nascimento, as parecenças com os membros da família – sempre um bom motivo para a discussão entre clãs – ou a árvore genealógica. Uma imensa reportagem de vida, para mais tarde recordar, e que devolve as fotografias de família ao seu lugar devido: os álbuns de fotografia.