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Prémio Mistério

Diogo Silva e Paulo Arromba são Prémio Mistério. A RDB foi falar com eles e perceber como surgiu este projecto e quais são os grandes objectivos para o futuro. O que esperar de Prémio Mistério? É um mistério!

“Conhecemo-nos na faculdade”, começa por explicar Paulo, “e isto começou por brincadeira, começámos a juntar-nos para fazer umas coisas diferentes.” Depois entre um e outro lá vão dizendo: “começámos por fazer cerca de 50 projectos de música mas a partir do momento em que notámos alguma qualidade começámos a levar isto mais a sério. Eram coisas muito diferentes, com diferentes estilos, rock, bossa-nova, pop…”.

No processo de criação garantem que não existe um método específico, “alguém faz a música e diz ao outro, mas no fundo define a sonoridade e faz praticamente a música inteira. Tocamos vários instrumentos e isso ajuda na hora das construção das músicas, não ficamos presos um pelo outro. Enquanto um faz o baixo o outro pode começar na guitarra”. Paulo vai mais longe e explica que mesmo entre eles os métodos de criação são diferentes, “como ele toca melhor guitarra, pega nela e consegue criar, eu tenho mais o hábito de pensar em qualquer coisa e tentar não me esquecer, muitas vezes gravo”. “Hoje em dia é mais fácil criar uma música porque fomos conhecendo os truques, as passagens, mas isso também dificulta porque tentamos sempre ir um pouco mais à frente, inovar”, acrescentam.

“EP 2011”, o primeiro EP de Prémio Mistério, é dominado pela electrónica e caracteriza-se pela sonoridade pop, mas Paulo e Diogo dizem que “foi assim porque aconteceu e vai mudar de rumo com certeza. Fizemos algumas músicas e achámos que elas conjugavam bem umas com as outras, faziam sentido juntas”. Quanto a trabalhos num futuro próximo desvendam que “para a próxima podemos estar mais para a disco…”.

As influências são com certeza importantes na forma como Prémio Mistério vai moldando o seu estilo, mas não conseguem definir nenhuma de forma directa. “Um filme ou uma série podem contribuir com ideias que não vêm de forma sonora, mas que são importantes. Aliás, nós não ouvimos nada que seja remotamente parecido com a sonoridade das próximas músicas”.

Quanto ao nome a curiosidade foi-se acentuando ao longo desta conversa e, no meio de risos, explicaram que “fazer músicas é fácil, difícil é arranjar nome! Andámos anos sem nome, não conseguíamos arranjar, era tudo estúpido. Uma vez uma amiga disse «Prémio Mistério!» e nós «Está bem!». Não havia nada semelhante no Google nem no Myspace, ficou!”. Ironia do destino ou não, “acaba por fazer sentido porque se não fazemos músicas sempre no mesmo género, o nome dá-nos também essa liberdade”.

Para o final ficou a pergunta difícil: quando surgem os concertos? “É difícil por sermos só dois, pela falta de experiência, por termos estado separados geograficamente, pelo próprio método de criação. Mas pensamos nisso, no futuro tentaremos criar música que nós os dois consigamos tocar ao vivo, no entanto gostamos é de compor!”. Assim terminam, mostrando que não têm barreiras e que com certeza ainda vão dar que falar.



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