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THE PHENOMENAL HANDCLAP BAND

Colectivo de músicos reunidos por dois DJs/produtores, Daniel Collás e Sean Marquand que, cansados de tocarem as músicas dos outros, usaram todo o conhecimento adquirido em anos a passar som nos melhores clubes de Nova iorque.

The Phenomenal Handclap Band é o mais recente itinerante museu sonoro às idas épocas dos anos 60 e 70 com o seu homónimo LP de estreia. O trabalho revive o ambiente musical do Rock Progressivo, Soul, Funk e Disco-Sound a vacilar num electro minimal, num disco que apesar de bom, peca por expor em demasiado as influências.

Traçando uma linha entre Manhattan, Brooklyn e o mundo, encontramos um colectivo de músicos reunidos por dois DJ`s produtores, Daniel Collás e Sean Marquand que, cansados de tocarem as músicas dos outros, usaram todo o conhecimento adquirido em anos a passar som nos melhores clubes underground de Nova iorque para se lançarem eles também no mercado discográfico com um grupo que, à imagem dos Propellerheads, está num cenário de “A Little Bit Of History Repeating”.

Os dois DJs chamaram para este projecto Patrick Wood, Luke O`Malley, Binji Ling, Laura Marin, Joan Tick e Pier Páppalardo e contam ainda com as participações dos músicos Aurélio Valle, Jaleel Buton dos TV On The Rádio, Carol c, Lady Tigrae e até Jon Spencer para uma incrível diversidade melódica.

A viagem do LP começa, curiosamente, pela Beira Baixa. Não que a banda se desloque a Portugal para actuar num festival de verão, mas porque a primeira música, um instrumental, tem o singular nome de “A Journey to Serra da Estrela”. O tema cria um ambiente de suspense que se adaptaria a uma banda sonora da série ‘Dirty Harry’. Segue-se “All of the Above”, um tema bem batido a lembrar Scissor Sisters numa toada bem Funky e onde abrem as portas a uma guitarra psicadélica que adocica a música às margens do Mississípi.

Na terceira faixa “Testimony”, o LP faz a sua primeira entrada no Rock Progressivo e calmo que recebe algum floreado nuns coros de Soul-Music, o que se volta a repetir em “Give it a Rest”, faixa que recebe uns acordes iniciais que muito lembram o “Smoke on the Water” dos Deep Purple. Em “You`ll Disappear”, primeiro single extraído do LP, chega o melhor momento do disco, carregando um forte apelo á dança e lembrando os primórdios do Disco-Sound. O tema faz ainda uma diagonal ao Electro-Minimal o que o ajuda a manter-se longe da brilhantina do Mainstream.

A seguir cai-se nas malhas de um som que não destoaria do alinhamento num LP de Peaches com o tema “15 to 20” e em “Dim the Ligths” voltam a acender-se os néones nova-iorquinos dos clubes Underground para finalmente em “I`v Been Born Again” Voltarem ao Rock Progressivo lembrando velhos temas de Carlos Santana, que volta a influenciar a banda em “The Martyr” tema que chega mesmo a confundir-se com a entrada do “Black Magic Woman”. O disco acaba nessa toada rockeira nos temas “Tears”, “Baby” e “The Circle is Broken”.

Os Phemomenal Handclap Band parecem destinados ao sucesso, mas tanto virtuosismo pode tornar-se numa ratoeira que os leve a uma demasiada exposição. A banda encontra-se no seu Habitat natural, Nova Iorque do Soul do Harlem, do Disco de Brooklyn e do Rock, se possível de Manhattan. Recriam mesmo um ambiente anos 70 onde os trajes operários deram lugar às calças à boca de sino e a um erotismo dançante, num novo estilo de vida que fugia aos subúrbios e aos grelhadores eléctricos que simbolizavam uma América cínica e onde uma emergente juventude chamada Underground se revia nos guetos, onde eram produzidos esses movimentos, de costas voltadas para Richard Nixon mas de braços abertos para Stanley Kubrick e Francis Ford Coppola.



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