“Os Intervalos do Cinema” | Jacques Rancière
Intervalo sem pipocas
Em anos mais ou menos recentes, muitos foram os que declaram o óbito da Cinefilia – o amor inspirado pela sétima-arte. Porém, quem passar os olhos por “Os Intervalos do Cinema”, livro escrito pelo filósofo e professor Jacques Rancière, perceberá que o poder e a magia do cinema estão longe de estar num sonho horizontal a sete palmos do solo.
Os filósofos sempre tiveram uma queda pelo cinema, talvez por este permitir traduzir, de forma visual e um pouco menos delirante, alguns dos conceitos e ideias saídos da sua imaginação. Neste seu livro, Jacques Rancière define o cinema como um sistema de intervalos no qual a paixão cinéfila do amador da sétima-arte confunde as fronteiras da arte e do entretenimento.
Nos textos de “Os Intervalos do Cinema”, que alcançam o estatuto de ensaios, Rancière fala-nos do legado de realizadores como Hitchcock, Rossellini, Pedro Costa, Dziga Vertov, Straub / Huillet e Vincente Minnelli. Mais do que um exercício sobre a teoria fílmica, este é um livro onde a filosofia e o cinema surgem como que abraçados, revelando dois mundos que partilham a necessidade de uma aceitação emocional.
Uma edição Orfeu Negro
There are no comments
Add yoursTem de iniciar a sessão para publicar um comentário.
Artigos Relacionados