11ª edição do LISBOA MISTURA
Lisboa Mistura volta a trazer músicas do mundo ao coração da cidade!
Desde 2006 o Lisboa Mistura afirmou-se como espaço intercultural destinado à comunidade urbana de Lisboa, que se questiona sobre o humanismo da construção metapolítica e sobre a atividade cultural que precede o pensamento organizacional. A cultura musical urbana é uma ponte para as dimensões sociais e políticas que integram o cosmopolitismo de uma Lisboa pujante e cheia de desafios.
Lisboa Mistura 2017 é um encontro entre ritmos e culturas para sentir o pulsar da cidade com artistas de Lisboa, do Mediterrâneo e do espaço Ibero-Americano – agora num novo local, no coração da cidade: à beira rio, entre o Cais do Sodré e o Terreiro de Paço. Na Ribeira das Naus, teremos o Tejo como uma fronteira habitável que nos acolhe e desafia, metáfora de cruzamentos e misturas férteis. Com a água, do Tejo ao Atlântico, que se liga a outros Oceanos, queremos celebrar também, nessa fertilidade nos caminhos da curiosidade, o princípio matriarcal do renascimento, por isso teremos uma forte presença feminina no Lisboa Mistura 2017. E também pelo Atlântico nos associamos à celebração das culturas Ibero-Americanas que Lisboa este ano capitaliza.
Venha experienciar novas linguagens e ritmos com sunset sessions, arruadas, concertos e street food junto ao Tejo na Ribeira das Naus entre os dias 20 e 22 de Julho no nosso palco ao ar livre – é gratuito, é para todos! Há ainda lugar ao evento “Pré- Mistura” no B. Leza, no dia 19 de Julho.
PROGRAMA 2017
19 Julho (Pré-Mistura)
Quarta-feira
22h
B.Leza
Lisboa Mistura convida a Festa da Diversidade
Com
Braima Galissá , Guto Pires (Guiné-Bissau / Guinea Bissau)
Costa Neto (Moçambique / Mozambique) Pacas (Angola)
Zecando, They Must Be Crazy (Portugal)
Lisboa é palco de algumas iniciativas socioculturais que procuram estimular o diálogo intercultural e os valores da solidariedade e da igualdade. Estas iniciativas merecem da parte de todos uma concertação estrategicamente mais sustentada e essencialmente mais dialogante. A confluência das agendas das várias entidades e pessoas envolvidas nos valores interculturais podem ser potenciadoras desta dinâmica.
Neste espírito de diálogo o Lisboa Mistura convida a Festa da Diversidade para integrar o seu programa, abrindo o festival com um concerto com alguns dos artistas que integraram o cartaz da Festa da Diversidade este ano.
As apresentações decorrerão em tom de “Pré- Mistura” no B. Leza, no dia 19 de Julho.
Em colaboração com SOS Racismo (+ LOGO) e B.Leza (LOGO).
QUINTA-FEIRA 20 JULHO 17
19h
Quiosque da Ribeira das Naus
Sunset Sessions
Sunset Mistura: Tarde Tropical – DJ Rykardo nas Américas
20h30
Palco Ribeira das Naus
OPA – Oficina Portátil de Artes (Portugal)
Participantes
Bataclán 1950
BrunOo G
Dj Master com Al€x Ferreira e Rafa Pi
La Familia Gitana
K_Family
Blck Gold
Philipp
A OPA – Oficina Portátil de Artes faz 11 anos. E 2017 é mais um ano de celebração.
Nos últimos anos, constituiu-se e afirmou-se como projecto pedagógico, trabalhando com mais de 100 jovens de diversas origens e bairros da Área Metropolitana de Lisboa. Ao dar-lhes ferramentas técnicas e artísticas para que pudessem evoluir, deu-lhes também lugar em palcos centrais da cidade.
Todos os anos a OPA se cumpre e, com ela, se cumprem objectivos de formação e acompanhamento, se traçam caminhos e se ajudam a definir carreiras. As apresentações são o resultado de várias residências artísticas dirigidas por Francisco Rebelo (Orelha Negra) onde, num processo colaborativo, se constrói e afina a narrativa das mesma.
Este ano, a OPA cresceu mais um pouco e chegou a novos bairros e novos projectos. Os jovens artistas desta edição chegam-se à frente e apresentam o seu repertório na noite de abertura do Lisboa Mistura, representando a música que lhes dá raízes e os bairros que lhes dão casa: Bairro do Fim do Mundo – São João do Estoril, Alta de Lisboa, Marvila, Amadora, Alvalade e Algés.
22h
Palco Ribeira das Naus
LA CHIVA GANTIVA (Colômbia/ Bélgica)
Uma celebração da diversidade e das diferenças!
La Chiva Gantiva nasceu numa Bruxelas multicultural, quando três imigrantes colombianos se juntaram à volta de um kit de percussão, movidos pelo desejo de produzir música original e afirmar as suas raízes culturais. Este encontro resultou numa mistura de ritmos afro-colombianos e tradicionais, que rapidamente assimilou contribuições de músicos de todo o mundo: os membros actuais de La Chiva Gantiva são de origem colombiana, vietnamita, belga e chilena.
Estas influências musicais e culturais resultam numa poderosa mistura de sons e em performances explosivas. Foi, aliás, com as suas actuações que conquistaram o seu público e chamaram a atenção da imprensa. O The Times (UK) classificou-os como uma frenética “carnival-punk racket” que explode como um cocktail molotov de rock, rap, soul e ritmos funky latinos.
La Chiva Gantiva é uma força multicultural e dinâmica que, através da sua música de espírito selvagem, desafia um mundo dominado pela divisão, insegurança e isolacionismo.
Vêm ao Lisboa Mistura apresentar o seu novo álbum, Despegue, a ser lançado no Outono deste ano.
SEXTA-FEIRA 21 JULHO 17
19h
Quiosque da Ribeira das Naus
Sunset Sessions
Sunset Mistura: DJ Rykardo e a soul food
21h15
Arruada – NICE GROOVE (Portugal)
Percurso: Cais do Sodré – Ribeira das Naus
Batucada de ritmos lusófonos a atuar entre o Cais do Sodré e a Ribeira das Naus.
22h
Palco Ribeira das Naus
SOWETO KINCH (Reino Unido)
Gangsta rapper ou Jazz Supremo? Ambos.
Soweto Kinch é um premiado saxofonista, MC e compositor com uma personalidade muito vincada no âmbito da fusão de Jazz, Rap e Spoken Word. E é esta versatilidade que o coloca no patamar de um dos músicos mais cobiçados quer no panorama britânico de jazz, quer no de Hip Hop.
Filho de um dramaturgo dos Barbados e de uma actriz britânico-jamaicana, a performance sempre foi uma constante, passando inclusive por universos como a dança, o teatro e outras artes urbanas.
A sua música aborda temas como a tirania do capitalismo, a indústria musical criativa e sufocante ou ainda questões raciais. Soweto ignora barreiras musicais e, entre grooves contemporâneos, improvisações ao saxofone e letras freestyle, entrega-se em emocionantes e virtuosas actuações, onde energia é a primeira palavra de ordem.
23h30
Palco Ribeira das Naus
OUM (Marrocos)
Música marroquina mistura-se com soul e ritmos Gnawa e Hassani
Marroquina e com raízes Saharianas, Oum impressiona-nos com uma notável combinação de poder e sensibilidade. Com a sua voz sensual, explora a diversidade da música marroquina e mistura-a com soul e ritmos Gnawa e Hassani. Inspirada não só pela música do seu país natal, mas também pela música de todo o continente africano e pelo jazz, Oum desenvolve um subtil mundo musical no qual as suas origens saharianas ecoam.
Depois do sucesso do seu primeiro álbum Soul of Morocco, Oum regressa com um novo projecto intitulado Zarabi, que significa “tapete” em Darija, linguagem corrente de Marrocos. Testemunho da diversidade cultural e das suas identidades musicais, é também uma alusão ao processo de recolher, tecer e reunir numa criação várias lembranças e emoções presente simultaneamente no trabalho destas mulheres e no processo de criação de Oum.
SÁBADO 22 JULHO 17
18h
Quiosque da Ribeira das Naus
Sunset Mistura: DJ Rykardo navega no Mediterrâneo
21h15
Arruada – NICE GROOVE (Portugal)
Percurso: Cais do Sodré – Ribeira das Naus
Batucada de ritmos lusófonos a atuar entre o Cais do Sodré e a Ribeira das Naus.
22h
Palco Principal Ribeira das Naus
GAYE SU AKYOL (Turquia)
Ritmos do médio-oriente misturados com heavy surf guitar – o novo som de Istambul!
As influências de Gaye Su Akyol confundem-se com as da sua cidade natal, a magnífica Istambul. Antropóloga de formação, Gaye afirma essa influência “É um clichê, mas a cidade é uma ponte que combina culturas, e isso é muito autêntico na música, especialmente a influência grega”. A música tradicional foi muito importante para o início do seu percurso que se foi definindo com o seu crescimento, com a descoberta do rock, em especial do grunge de Seattle, e mais tarde do rock psicadélico dos anos 70′.
De voz envolvente e hipnótica, simultaneamente doce e sombria, leva-nos em viagens onde conseguimos sentir todas as diferentes experiências por que passou. O seu segundo e último álbum “Hologram Imparatorlugu”, lançado em Novembro de 2016, foi um marco na cena musical underground de Istambul num contexto político cada vez mais difícil e mais severo para artistas como Gaye.
23h30
Palco Principal Ribeira das Naus
PROJECTO AAMA (Portugal/ Espanha/ Argentina/ Brazil/ India/ Alemanha)
Música Carnática misturada com elementos de jazz, o flamenco e bossa nova
O projecto AAMA foi idealizado pela cantora e compositora Mili Vizcaíno. Com um percurso marcado pelo jazz, Mili tem-se dedicado à Música Carnática – estilo musical com uma tradição milenar originário da região de Tamil Nadu, Sul da Índia. É esta a base do projecto, embora registos como o jazz, o flamenco ou a bossa nova se façam notar em muitos dos temas.
O repertório variado, a junção de vários estilos e idiomas – entre o português, espanhol, tamil e sânscrito – e a origem dos elementos de AAMA confirmam a multiculturalidade do grupo. Mili, a cantora espanhola; Gonçalo Sousa, o harmonicista português; Yannick Nolting, o baixista alemão; Sebastián Scheriff, o percussionista argentino e Cláudio Andrade, o pianista brasileiro juntam-se a Eurica Magan, a bailarina portuguesa que dá corpo à dança, alternando entre o estilo carnático Bharata Natyam e outros tipos de fusão e compõem uma extensa paleta de sonoridades, que fecha o Lisboa Mistura deste ano.
Temas originais e outros já conhecidos, alguns ancestrais outros contemporâneos, dando-se destaque à improvisação e à positividade. AAMA é a palavra Tamil para dizer ‘sim’!
Organização: Associação Sons da Lusofonia | EGEAC Cultura em Lisboa
Informações adicionais: Lisboa Mistura – página Facebook
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