12ª FESTA DO CINEMA ITALIANO
A Festa do Cinema Italiano apresenta mais de 60 filmes, seis deles em antestreia nacional e realiza-se a partir de 5 de abril em mais de 15 cidades portuguesas.
De 5 a 14 de abril, em Lisboa (Cinema São Jorge, UCI El Corte Inglés, Cinemateca Portuguesa – Museu doCinema), de 9 a 11 de abril, em Coimbra (TAGV – Teatro Académico Gil Vicente), de 10 a 13 de abril, em Almada (Auditório Fernando Lopes Graça), de 10 a 14 de abril, no Porto (Cinema Trindade), de 11 a 14 de abril, em Setúbal (Auditório Charlot), de 12 a 13 de abril, em Alverca do Ribatejo (TEIV – Teatro Estúdio Ildefonso Valério), de 13 a 14 de abril, em Penafiel (Cinemax), de 13 a 14 de abril, em Moscavide (Cine-Moscavide), de 15 a 16 de abril, em Aveiro (Teatro Aveirense), de 1 a 3 de maio, em Viseu (Cineclube de Viseu), 1, 8 e 15 de maio, em Abrantes (Cineclube Espalhafitas), de 7 a 9 de maio, em Beja (Pax Júlia Teatro Municipal), de 8 a 10 de maio, nas Caldas da Rainha (CCC – Centro Cultural de Congressos), de 14 a 17 de maio, em Évora (Auditório Soror Mariana), de 14 a 18 de maio, em Tomar (Cine-Teatro Paraíso), de 23 a 26 de maio, em Loulé (Cine-Teatro Louletano), seguindo para outras cidades portuguesas a anunciar em breve.
Segundo Stefano Savio, diretor da Festa do Cinema Italiano, “o crescimento que a Festa do Cinema Italianoregistou nos últimos anos justificou a nossa aposta numa programação mais extensa ao longo do tempo (10 dias de festival em Lisboa) e mais rica e diversificada. O objetivo é alcançar e fidelizar públicos diferentes mas que transversalmente estejam ligados à cultura italiana. Por isso, damos espaço à música clássica, mas também ao italo disco e aos cantautores italianos, temos documentários sobre os grandes artistas do Renascimento mas também sobre a street art e a video art. Uma retrospetiva sobre um ícone como Nanni Moretti acompanhada por filmes mais arrojados dos novos realizadores trasalpinos. Tudo isso num ambiente descontraído e social onde é possível ter uma experiência completa e culturalmente estimulante. Dedicamos ainda espaço à gastronomia italiana, com jantares e aperitivos, assim como a uma programação e atividaes para o público infantil”.
A Festa do Cinema Italiano é organizada pela Associação Il Sorpasso, com o apoio da Embaixada de Itália, do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC. Entre os apoios privados: FIAT (FCA Group), patrocinador principal, a Pasta Garofalo, a Generali Seguros, a Campari e a TNT.
DESTAQUES DE PROGRAMAÇÃO:
Este ano, o festival presta homenagem, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, a Nanni Moretti, com uma retrospetiva completa de longas-metragens e uma seleção de curtas-metragens do realizador.Uma oportunidade para ver em sala grandes sucessos estreados nos cinemas portugueses mas também obras inéditas no nosso país, nomeadamente algumas curtas-metragens e documentários, incluindo a antestreia nacional do seu último filme, Santiago, Italia.
Sessão de abertura – antestreia
Em antestreia portuguesa, o último trabalho de Paolo Virzì, Notti magiche (Noites Mágicas)– filme sobre a passagem que o cinema italiano viveu no princípio dos anos 1990 quando a época dos grandes mestres estava a concluir-se e uma nova leva de autores, ainda sem muita experiência, recebia esta pesada responsabilidade.
Sessão de encerramento
Euforia,de Valeria Golino, filme apresentado no último festival de Cannes, uma sensível reflexão sobre o amor e o respeito entre dois irmãos tão diferentes quanto próximos nas adversidades da vida.
Panorama
Il primo re, de Matteo Rovere, uma das maiores produções italianas, um filme de grande impacto emotivo sobre a fundação de Roma e as origens do império romano retratadas através da historia dos irmãos Romolo e Remo.
Um filme que mistura ação e espiritualidade, lenda e reconstrução histórica. É apresentado em antestreia nacional no festival.
La paranza dei bambini (Piranhas – Os meninos da Camorra), de Claudio Giovannesi, filme baseado no romance de Roberto Saviano, vencedor do melhor argumento na festival de Berlim deste ano. Um filme – em antestreia nacional – que nos mostra a formação criminal dos jovens que entram no mundo da mafia napolitana.
Troppa grazia (Lucia Cheia de Graça), de Gianni Zanasi, uma original comédia sobre a aparição da Nossa Senhora que, com maneiras muitos diretas e enérgicas, convence a protagonista a seguir o próprio caminho de fé. Bem acolhido no festival de Cannes é uma das antestreias deste ano.
Estão também representadas as últimas obras de alguns dos mais reconhecidos autoresitalianos como Roberto Andò, convidado do festival, bem como Daniele Luchetti que apresentaram ao público português Una storia senza nome, em competição no passado festival de Veneza e Io sono Tempesta.
Napoli Velata é o último filme do autor italo-turco Ferzan Özpetek, que nos envolve num sensual thriller sobre o mundo da falsificação das obras de arte.
Há ainda a exibição da versão original dividida em duas partes do último filme de Paolo Sorrentino sobre a vida de Silvio Berlusconi (Loro 1e Loro 2). Esta versão integral é inédita em Portugal.
Espaço também para a comédia e os grandes sucessos de público da passada temporada onde estão em destaque Moschettieri del re: La penultima missione, de Giovanni Veronesi,paródia com os mosqueteiros criados por Alexandre Dumas, e a antestreia nacional deMoglie e marito (Mulher e Marido),de Simone Godano, umainteligente comédia sobre a troca de corpos e de personalidades de um casal em crise.
Competição
Este ano, são sete as obras em competição, uma seleção cuidadosa que demostra mais uma vez o bom estado de saúde da nossa cinematografia.
Surpresas como Bangla de Phaim Bhuiyan, sobre a complicada descoberta da sexualidade de um rapaz originário do Bangladesh dentro de um contexto as vezes demasiado liberal como o italiano, Likemeback de Leonardo Guerra Seràgnoli, que retrata a obsessão que três raparigas têm sobre a própria imagem nas redes sociais, um filme que angustia e seduz ao mesmo tempo e Menocchio de Alberto Fasulo sobre a luta que um moleiro herético enfrenta contra a inquisição católica para defender a própria liberdade de pensamento. Os três realizadores (um deles realizador e ator protagonista – Bengla)estarão presentes em Lisboa para apresentar o filme, durante o festival.
Em competição estão ainda Figlia mia, de Laura Bispuri, Ovunque proteggimi, de Bonifacio Angius, Mamma + Mamma, de Karole Di Tommaso e La terra dell’abbastanza, de Damiano D’Innocenzo e Fabio D’Innocenzo.
Sessões especiais
A Grande Arte no Cinema, o ciclo de filmes sobre a arte italiana e mundial integra o festival através de um conjunto de títulos de grande interesse sobre a vida de artistas comoMichelangelo, Tintoretto e Leonardo Da Vinci em ocasião dos 500 anos da sua morte.
The Man Who Stole Banksy, de Marco Proserpio, explica-nos através da voz de Iggy Pop a mercantilização da obra de Banksy e a inutilidade de mostrar a sua obra fora do contexto onde foi criada.
Make Italy Great Again – A Itália não é um pais racista – é uma secção especial que dedicamos a filmes que retratam como, em Itália, apesar de um clima político e social adverso, existem ainda pessoas e movimentos que lutam para tornar este país uma terra acolhedora para quem precisa e está à procura de um porto seguro.
Piccolini
Filmes, oficinas com curtas-metragens de animação e atividades para os mais novos. Uma oportunidade para os mais pequenos conhecerem o mundo infantil italiano. Este ano, é apresentado Leo Da Vinci: missione Monna Lisa, filme de animação de Sergio Manfio.
Eventos Paralelos
A música tem um destaque particular nesta edição da Festa. Em estreia absoluta, é apresentada a última composição de Pedro Teixeira da Silva, primeiro violino da orquestra do Teatro São Carlos e fundador da banda Os Corvos, que leva ao Cinema São Jorge 4 Canções Italianas, músicas para piano e soprano – Cristiana Oliveira – inspiradas em quatro poemas italianos.
Fabrizio De André, um dos grandes cantautores da música italiana, é lembrado por ocasião dos 20 anos do seu desaparecimento, com um concerto inédito, leituras dos seus poemas e um filme sobre a sua vida: Fabrizio De André, Principe Libero, de Luca Facchini.
Também a gastronomia marca presença, com algumas novidades: este ano, o já tradicional Cine-Jantar transforma-se: são quatro jantares e realiza-se, pela primeira vez, num cinema: os jantares são no bar/res- taurante do Cinema São Jorge seguido de filme na Sala Manoel de Oliveira, uma conversa em torno da comida e aperitivos com concertos todos dedicados à música italiana (Domenico Imperato, Francesco Valente e Mick Mengucci, Faya com Nicolas Farruggia e Stephan Schrader, La Miséria Deluxe e João Lima, Kilôko, Andrea Musio e Fernando Giardini)
Bilhetes e informações
Em Lisboa, os bilhetes custam 4,5€ (bilhete normal) e 3,5€ (<25 >65 anos), no Cinema São Jorge e Cinemas UCI – El Corte Inglés e 3,20€ na Cinemateca Portuguesa – Museu doCinema.
Os bilhetes para as sessões A Grande Arte no Cinema custam 10€.
Os bilhetes para o concerto 4 Canções Italianas custam 10€.
Cadernetas de vouchers: 20€ (5 bilhetes) e 35€ (10 bilhetes)
Todas as novidades e informações sobre a programação do festival podem ser acompanhadas no site www.festadocinemaitaliano.com e na página de Facebook (facebook.com/festadocinemaitaliano).
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