20 ANOS DE PLAYSTATION
Celebram-se 20 anos desde a chegada da Playstation a Portugal. Estes foram os jogos que nos marcaram.
Já passaram 20 anos? É incrível como o tempo voa. Depois do aparecimento (e dasaparecimento) de diversos sistemas de videojogos, do Japão surgiu a novidade. A Sony, marca que nos anos 90 esteve sempre associada à mais alta tecnologia no que diz respeito a equipamentos áudio e video, desenvolve um sistema de videojogos para a sala de estar e não podia ter encontrado melhor nome: Playstation.
Lançada em 3 de dezembro de 1994 no Japão, em 29 de setembro de 1995 nos Estados Unidos e Europa. Desde o seu lançamento até 2006 (quando sua produção foi extinta), a primeira PlayStation vendeu mais de 103 milhões de unidades. Inicialmente o Play Station (separados mesmo) seria um leitor de CD-ROM para o Super Nintendo Entertainment System, a ser produzido em conjunto com a Nintendo. Durante as negociações para o lançamento, o acordo entre as empresas foi rompido. Então o engenheiro Ken Kutaragi convenceu os executivos da Sony a continuar com o projeto. Foi aí que nasceu a divisão Sony Computer Entertainment, com o objetivo de implementar no mercado uma nova consola. Mal sabia a Nintendo que nascia ali o seu maior rival no mundo do entretenimento, que superou até mesmo a Sega.
Este foi o ponto de partida para uma enorme viagem que passou por várias etapas e iterações até ao sistema que hoje conhecemos, que para além de ser um local privilegiado para jogar os melhores títulos da atualidade é ainda um media center com cada vez mais potencial.
Passados 20 anos, pedimos aos nossos colaboradores que têm estado mais atentos ao fenómeno dos videojogos para escolherem para cada versão da Playstation aquele que foi o jogo que mais os marcou. Pedro Paulos, não quis destacar um jogo por versão da Playstation e optou por fazer uma única escolha:
“O jogo que mais marcou, de todas as gerações da consola, foi sem dúvida o Crash Bandicoot. Não foi o primeiro jogo que me agarrou na vida mas deve ter sido um dos primeiros jogos que terminei. Durante dias, tornou-se imprescindível derrotar o maléfico Dr. Neo Cortex e passei nível atrás de nível, quebrando caixas até o conseguir enfrentar. Sem dúvida um dos jogos mais simples e viciantes que já joguei. Devia regressar urgentemente. ”
Tal como o Pedro Paulos eu também prefiro não fazer escolhas versão a versão. Existe um jogo que me acompanha toda a vida e que não pode faltar lá em casa. Acompanho desde as versões de PC e agora continuo a jogar na PS4. Para além de ser um grande amante de futebol, o FIFA da Eletronic Arts, permite a jogadores menos dedicados como é o meu caso, jogar uma partidinha aqui e ali “matando” assim o vicio. Gostaria de destacar a trilogia Uncharted, a qual tenho muito orgulho de dizer que terminei em todos os níveis de dificuldade e aquele que foi o jogo que me deixou mais surpreendido por todo o seu conceito. Esse jogo chama-se Bioshock Infinite e foi lançado para a PS3.
Estas foram as escolhas do Carlos Eugénio Augusto:
PS1 – Metal Gear Solid
Mais do que considerar o “melhor jogo” da plataforma, “Metal Gear Solid” foi o primeiro jogo que joguei na velhinha PS1. Ainda que hoje tenha perdido um contacto mais intimo com a saga do universo Snake, as aventuras no Mar de Bering e de Solid Snake eram sinónimo de muitas horas perdidas de comando na mão a explorar um mundo nuclear cuja banda sonora me deliciava. Os gráficos, hoje algo “toscos”, faziam as delícias de quem pegava naquele comando cinza e entrava na ação. Parecia que estávamos dentro de um filme, fazíamos parte do elenco. Olhando para trás, o impacto que senti ao jogar este jogo apenas encontra paralelo nas memórias de jogos como “Saboteur”, o clássico do Spectrum.
PS2 – God of War 2
Dificilmente algum jogo vai ter em mim um impacto maior que o segundo episódio das aventuras de Kratos, o bravo espartano que as melhores horas me fez passar à frente de uma consola. A sua tremenda jogabilidade, a violência associada (polémicas à parte) e os maravilhoso puzzles construídos pela rapaziada do Santa Monica Studio, fizeram de God of War 2 o mais perfeito dos jogos jamais feitos. Mais que um personagem, “God of War 2” representava, e ainda representa, aquilo que se quer de um jogo de consola: aventura, destreza, excelentes gráficos, atmosfera brilhante e uma banda sonora completamente viciante. Ainda hoje sinto a Rage of the Titans a vibrar e a Blade of Olympus a queimar-me as mãos. Bolas, acho que vou ao sótão…
PS3 – Uncharted 2 / The Last of US
Coincidência ou não (definitivamente não!) escolho não um mas dois títulos da Naughty Dog, produtora californiana que com estes dois jogos me trancou em casa dias a fio. Quer Nathan Drake quer Joel, são ‘bonecos’ perfeitamente talhados para as aventuras que encarnam e “Uncharted 2: Among Thieves” e “The Last of Us” duas experiências fantásticas da arte de jogar consola, especialmente na classe dos third-person shooters. Sejam tesouros perdidos ou zombies, os objetivos de Drake e Joel estão envoltos em tão bem delineadas narrativas que são poucos (ou nenhuns) os erros a apontar a estas duas criações que tiveram o planeta Sony por destino.
PS4 – Destiny
Entre os jogos da consolas de última geração, “Destiny” é um dos que mais nos enche as medidas. Com uma filosofia mista entre um single-player shootinh e o modo cooperativo, a Bungie, Inc em parceria com a Activision, conseguiram gerar um excelente jogo. Num futuro longínquo, em ambiente pós- apocalíptico, somos convidados a explorar o sistema solar já devidamente invadido por seres humanos que colonizaram vários planetas. Com gráficos, jogabilidade e banda sonora irrepreensíveis, “Destiny” peca apenas por alguma monotonia narrativa, pormenor que facilmente é ultrapassado pelos outros já referidos atributos e que já cativou milhões de jogadores em todo o mundo.
As escolhas de Filipe Fernandes:
PS1 – Metal Gear Solid
Para a primeira consola da Playstation o meu destaque cai sobre o primeiro Metal Gear. Para mim este foi um marco incontornável no género de espionagem. Com uma narrativa extremamente forte para a altura, complementada por momentos, por vezes “bizarros” mas tão estranhamente pertinentes, Hideo Kojima insistia em reforçar que estávamos apenas a jogar a um jogo. Claro que a série foi sendo consecutivamente até agora, com a última entrada na série: Phantom Pain. Em Metal Gear para a PS1 dei de caras com uma série que jamais consegui largar.
PS2 – Shadow of the Colossus
A PS2 foi palco de imensas pérolas criadas pela industria de videojogos. Final Fantasy X, tal como Okami têm um canto muito, mas mesmo muito especial, no meu coração e sorte a minha que já falei sobre Metal Gear que assim não precisa de preencher toda a minha lista de destaques. Assim, no meio de mais duas séries que não consegui largar, God of War e Devil May Cry (sobretudo o primeiro e o terceiro), o meu destaque na PS2 cai sobre Shadow of the Colossus. Com uma banda sonora, no mínimo, impressionante aliada à simples história de um rapaz que tenta ressuscitar uma menina, este jogo levou-me a momentos de cortar a respiração. Sempre acompanhado por Agro, o cavalo de Wander (o protagonista) e, aos meus olhos, um dos melhores Sidekicks de sempre, vamos explorar a terra proibida onde não existem quaisquer loadings e onde os nossos únicos adversários são os enormes Colossos que vagueiam por ela. Autênticos puzzles ambulantes, cada confronto requer uma estratégia diferente. Subir por eles acima ou galopar lado a lado com eles e consequentemente derrotá-los é uma experiência que apesar de amarga (nunca me senti bem a derrotar estas imponentes criaturas) é sobretudo inesquecível.
PS3 – The Last of Us
Mais uma playstation, mais um palco para grandes títulos e mais uma dificuldade enorme em destacar apenas um jogo. Foi na PS3 onde conheci em Dead Space o Engenheiro Espacial mais azarado do universo, John Marston em Red Dead Redemption e Cole Mcgrath em inFamous. Na consola da Sony deu-se também o culminar da série God of War, com uma terceira entrada fortíssima e, nela, também Metal Gear 4 serviu de conclusão à série. Só que enquanto que umas séries terminavam, outras começavam. Veja-se o caso de Uncharted (da qual destaco a segunda entrada na série) com o seu irreverente protagonista Nathan Drake e Demon’s Souls. Nunca eu tinha pensado que iria morrer tanta vez num jogo e voltar para mais. Num misto entre masoquismo e teimosia, encontrei em Demon’s Souls uma experiência arrebatadora. Implacável ao castigar cada erro que cometi, este foi o principio de uma grande amizade com mais uma série que não consegui largar. Apesar de tudo isto, o meu destaque cai sobre um título muito especial e que tem como nome The Last of Us. Ao acompanhar a história de Joel e Ellie encontrei neste jogo uma experiência incontornável com uma narrativa fantástica, cenários deslumbrantes e um sublime trabalho a nível de voz. Não vos vou dar spoilers nenhuns. Se ainda não jogaram, não percam mais tempo, agradecem-me depois.
PS4 – Bloodborne
A PS4 ainda está pronta para as curvas mas o facto é que já recebeu títulos de grande peso. Por não ser um exclusivo não vou destacar The Witcher 3, talvez o melhor port que esta consola já recebeu e que é um fortíssimo candidato a jogo do ano, pelo menos para mim e sei que não estou sozinho. Temos também Metal Gear: Phantom Pain com a conclusão da história de Big Boss. Não sei se já vos tinha falado de Metal Gear… A consola viu também o revitalizar do género Survival-Horror com Until Dawn só que o meu destaque cai sobre Bloodborne. Uma experiência arrebatadora e, para mim, o melhor título no universo da jogabilidade Souls a cargo da FromSoftware. Com uma jogabilidade bem refinada em termos de fluidez de movimentos a experiência é complementada pela cidade de Yharnam e o seu estilo gótico vitoriano. Sozinhos ou em co-op com amigos ou desconhecidos este é um exclusivo que não podem deixar escapar se forem fãs do género.
Obrigado ao Carlos, Pedro e Filipe pelo seu contributo.
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