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20 XX Vinte

A primeira diligência das G Sessions. CEC 2012

Música electrónica, música de dança, produtores e DJs da região convidam músicos de todo o lado para se mostrarem nos clubes da cidade. Este é o conceito das G Sessions e o 20 XX Vinte dá o riff inicial.

Assim, a Lovers & Lollypops (L&LP) e a Revolve, em colaboração com o atelier Bolos Quentes e o DJ e entusiasta Pedro Santos, apresentam um evento original, uma noite que conta com a presença de vinte bandas, vinte DJs e vinte designers. Uma noite de criação espontânea.

A RDB foi à conversa com o responsável da L&LP, Joaquim Durães, aka Fua, dando a palmada nas costas para um parlatório onde se falou de bem menos de vinte assuntos interessantes. Ficámo-nos pela Lovers e o 20 XX Vinte. What else?

Com o mesmo nome do filme de Morris Engel, a dificuldade em encontrar a produtora do Porto na web engrossa. Nada de mais para Fua. “Não tenho essa dificuldade porque está tudo no cash, mas o nome vem precisamente duma cena desse filme. Mas eu da minha parte não tenho grande dificuldade em ser um pouco narcisista e procurar o que se diz da L&LP (risos)”.

“Primeiro somos uma editora e depois uma produtora. Está tudo ligado e acho que faz sentido ter esta atitude transversal.” Posta de parte a dúvida existencial da L&LP, Fua revela o segredo da evolução do projecto numa altura em que tudo descamba. “Isto é um projecto super low cost e trabalhamos a partir dessa base, sem grandes expectativas e sempre com os pés bem assentes no chão”.

Se falasses com uma pessoa que não conhece o conceito 20 XX Vinte, o que lhe dizias para convencê-la a aparecer no sábado, 24 de Março, em Guimarães? Com o desafio lançado, Fua assegura que “a ideia de ter 20 designers, ilustradores ou cartazistas a fazerem o cartaz do mesmo evento com 20 bandas, 20 DJs, na mesma noite e principalmente ver como em 15 minutos de palco, sem sound check…” sem sound check? “…sim. Têm um sound check geral mas mais como referência. A ideia é entrar em palco em 15 minutos e porem-se a tocar o mais rapidamente possível. Há bandas que conseguem em três minutos, outras em dez e há outras que acabam por nem conseguir tocar uma música.”

20 XX Vinte permite uma interacção entre o público e os artistas um pouco diferente da habitual. É possível, mas porque foge um pouco ao controlo da organização. “Mas em palco ou fora dele?” Em palco, fora dele… “A resposta é sempre afirmativa. Regra geral, as bandas não estão numa redoma, nunca há grandes backstages. Enquanto a banda A está a tocar, quando começa a chegar aos últimos minutos de actuação, a banda seguinte já está à frente do palco, com as guitarras em mãos para entrar em palco e tocar.”

“Acrescentamos o cunho underground a uma programação já por si só bastante transversal”. Ciente da originalidade do conceito, Fua justifica o convite por parte da equipa de programação da CEC. “Acho que estamos a acrescentar algo que é um pouco o que se anda a fazer na música mais recente e um retrato da música portuguesa mais nova.”

Para quando podemos esperar novas edições do 20 XX Vinte? “Isso agora… Podemos continuar em Guimarães, pode-se repetir no Porto, em Lisboa. Primeiro uma coisa de cada vez e depois logo se verá.”

Sábado, 24 de Março, no Instituto de Design em Guimarães, pode-se assistir de forma barata a um sem número de artistas numa noite low cost. Três moedas de 1€ ou quinze de VINTE cêntimos chegam para fazer parte da história das G Sessions. Fua prometeu o “caos total”. Força!



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