Dead Nation: Apocalypse Edition | Análise
Depois de Resogun, o simpático estúdio finlandês Housemarque decidiu dar mais um “mimo” a quem tem uma Playstation 4 e subscreve o serviço Playstation Plus. O apocalipse está assim de volta em Dead Nation: Apocalypse Edition. Só que desta vez completamente em HD e com novos modos de jogo.
Se deixaram escapar Dead Nation para a PS3, ou se este título simplesmente vos passou ao lado, têm agora uma boa oportunidade para o experimentar. Melhor ainda se tiverem Playstation Plus, uma vez que podem adquirir este título a custo zero. A Apocalypse Edition consiste na versão completa de Dead Nation e, além da actualização gráfica, tem também incluído o DLC Road to Devastation, e novos modos de jogo.
Falemos então do primeiro e principal destaque deste título, o HD. Devo dizer que resulta bastante bem e é a primeira coisa que nos salta à vista, especialmente no que diz respeito a efeitos de luz (ou falta dela em algumas situações menos agradáveis). Com esta actualização gráfica os cenários estão também mais polidos e interagir com eles e até mesmo explorá-los tornou-se mais aliciante. Não é deslumbrante, confesso mas cumpre bastante bem.
No que diz respeito à história, esta é a mesma que podiamos encontrar na versão original para a PS3. No entanto, para quem não conhece, segue uma breve introdução para que ninguém fique fora de contexto. Um vírus levou à devastação do mundo como o conhecemos. Salvo os vários mortos-vivos que assombram as ruas como uma praga, a sociedade é inexsistente. Um ano depois tudo ter acontecido assumimos o controlo dos protagonistas Jack McReady ou Scarlett Blake, se jogarmos sozinhos, ou dos dois se jogarmos no modo cooperativo. Jack e Scarlett são imunes ao vírus e preparavam-se para sair do abrigo à procura de água e comida. Ao chegar a uma bomba de gasolina ouvem uma tentativa de comunicação por rádio, mas o sinal era tão fraco que só apanhavam estática. Mesmo, assim esta tentativa de comunicação significa que há mais sobreviventes Jack e Scarlett têm de arranjar uma forma de fortalecer o sinal e descobrir quem está a tentar comunicar e o que pretende.
A história desenrola-se em 10 capítulos, cada um mais difícil que o outro, como é de esperar. Quando chegamos ao último somos presenteados com uma cinematic narrada por Jack ou Scarlett e que avança a história. A cada capítulo correspondem três Checkpoints e para chegarmos a cada um deles temos de primeiro passar por um sempre maior e mais complicado grupo de mortos-vivos.Se o estúdio Housemarque foi simpático ao ponto de nos oferecer este Dead Nation completo e em HD, o mundo, que criaram para nós é tudo menos simpático. Exemplo disso são as criaturas que temos de enfrentar das quais seguem alguns exemplos. Falando de morto-vivos temos os mais lentos, outros que correm histericamente na nossa direcção, outros mais gordos e como tal mais difíceis de derrubar. Mas há mais criaturas, temos umas mais roliças que explodem causando dano a tudo o que os rodeia, morto ou vivo, outras em que o impacto causado pelo seu salto nos causa enormes danos (especialmente se vierem aos pares) e outros que com lâminas em vez de braços, penso que não preciso falar muito destes, certo?
Estes são alguns exemplos do que temos de enfrentar se quisermos chegar inteiros ao próximo checkpoint. Mas não se preocupem, pois com o arsenal de armas que temos disponível, estamos preparados para tudo o que se cruzar no nosso caminho. Metralhadoras, lança-chamas, lança-granadas, espingardas, granadas, dinamite e muito mais. Venha o apocalipse que nós estamos preparados para ele. Ao matar tudo que aparece à nossa frente e ao explorar os vários cenários vamos ganhando recompensas e dinheiro que vamos utilizar para adquirir e melhorar as nossas armas. É também a explorar que vamos encontrar peças de armadura para o nosso personagem. Mãos, peito e pernas é o que podemos equipar. Cada peça é diferente e como tal todas diferem nos pontos que serão distribuídos entre Força, Resistência e Agilidade. Combinem várias peças e vejam quais se adaptam ao vosso estilo de jogo. Uns se calhar preferem um personagem mais ágil e que consiga correr pelo cenário desviando-se das criaturas que o atacam, já outros preferem um personagem mais lento mas ao mesmo tempo mais resistente. A escolha é inteiramente vossa.
A jogabilidade pouco mudou, continuamos com o sistema dual-stick, ou seja a jogar com os dois analógicos do comando, o esquerdo para deslocar o personagem e o direito para apontar a nossa arma. Os modos de jogo da versão da PS3 estão também presentes na Playstation 4 e são uma boa alternativa à rotina, por vezes imposta pelo modo história. Isto porque oferecem mais desafios do que simplesmente limpar o cenário de inimigos antes de chegarmos ao próximo checkpoint. Temos o Arcade onde temos 6 rondas para completar. Aqui vamos escolhendo o caminho do nosso personagem, um leva-nos a upgrades de armas, outro a dinheiro e mais pontos de vida e por fim temos outro que nos leva a upgrades de armadura e pontuação. Em cada caminho teremos depois de optar por uma das duas opções. Já no modo Endless a coisa complica-se, pois aqui não existem checkpoints, saves e temos apenas uma vida. Como novidade temos o modo Challenges no qual podemos comparar estratégias e pontuações com os nossos amigos e lançar desafios. Temos também o modo Broadcast + onde quem nos vê, através da funcionalidade Share da Playstation 4 com o Twitch TV e Ustream, escolhe as dificuldades que se vão apresentar à nossa frente. Desde o número de inimigos ao nome das criaturas. Todos estes modos sempre passíveis de serem jogados num modo cooperativo local (na mesma consola) ou online.
Dead Nation: Apocalypse Edition chega em boa hora à PS4, especialmente quando o catálogo desta consola ainda não é muito vasto. Melhor ainda também para quem dispõe do serviço Playstation Plus onde não se tem de pagar mais para obter este título. Este é sem dúvida um título repleto de acção e ao juntarem-se com um amigo online ou na mesma consola o apocalipse nem vai saber o que lhe acertou.
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