21ª edição das Curtas de Vila do Conde
Declaração de guerra ao "mainstream"
As curtas metragens estão de volta a Vila do Conde, cidade que as vai receber já este sábado. De 6 a 14 de julho, a cidade nortenha vai ser o epicentro do que melhor se faz neste formato, tanto a nível nacional, como internacional. Este ano, o enfoque será dado à temática da resistência, tanto a nível financeiro, como a nível estético, num esforço continuado por fugir ao “mainstream”. Apesar desse desejo, diz a equipa do festival que este não se quer “elitista”, mas abrangente.
No total, vão passar por Vila do Conde 207 filmes, 55 dos quais portugueses (um número inferior, se tivermos em conta os números das últimas edições). O projeto Estaleiro (que vai estrear, este ano, quatro novos filmes) e as produções acumuladas de Guimarães Capital da Cultura 2012 figuram na representação portuguesa no certame. Para além de Portugal, estarão representados no festival outros 38 países.
O festival terá, na sessão oficial de abertura, “In The Fog”, do bielorrusso Sergie Loznitsa (21h00, na Sala Um do Teatro Municipal) e, na sessão de encerramento, “Até Ver a Luz”, de Basil da Cunha, películas que foram exibidas no festival de Cannes.
O cineasta homenageado este ano será Bill Morrison, conhecido pelo seu trabalho no campo da manipulação da película. O norte-americano é responsável pela longa metragem “Decasia: The State of Decay” e vai poder ser escrutinado através de sete curtas e de uma instalação que integra a exposição “Film”. O artista vai, igualmente, dar uma masterclass nesta edição do festival.
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Como já vem sendo hábito, o certame não se fica pelo cinema propriamente dito, fundindo a sétima arte com outras formas de fazer cultura. É nesse sentido que a Galeria Solar vai receber a exposição “Film”, onde se celebra a película enquanto formato e a emergência do digital. Ainda nesse âmbito vão decorrer sessões de “filmes-concerto”, onde alguns artistas interpretam bandas sonoras: Rita Redshoes e Legendary Tigerman vão musicar “Facínora”, de Paulo Abreu, enquanto Vítor Rua dá nova vida a “Barba”, do mesmo realizador; Alex Puddu vai explorar o mundo dos filmes porno dinamarqueses dos anos 70 e os Zelig asseguram a magia musical western, em “Bucking Broadway”.
Quanto a prémios, o festival garante, este ano, mais dois: Prémio do Público, para um filme da competição nacional, e prémio de aquisição Canal +. O programa completo do festival pode ser encontrado no site oficial.
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