2much4soul
Reggae, hip-hop e soul: os 2much4soul em entrevista
Um toque de reggae, um cheirinho a hip-hop, uns acordes de soul. São estes os elementos basilares dos 2much4soul, um trio com pouco mais de um ano de existência. Depois de alguns concertos em Lisboa e na Margem Sul do Tejo, estes três apaixonados pela música estão a desenvolver o seu primeiro trabalho de originais e, quem sabe, no Verão teremos novidades. Conversámos com a banda e tentámos descobrir um pouco mais dos ingredientes. Não será de mais para as vossas almas, prometemos.
De onde surgiu a ideia para a criação do grupo?
A ideia de 2much4soul surgiu da vontade de criar um grupo musical amplo, capaz de abarcar diversos estilos musicais, entre os quais o hip-hop, o soul e o reggae. Inicialmente éramos 3 (Tukil, Moh e Miss V), e mais tarde juntou-se a nós o DEZ. Posteriormente Miss V viria a abandonar o projecto. O objectivo deste grupo sempre foi misturar a amizade com a possibilidade de criar música.
Quem são vocês? Contem-nos um pouco da vossa história
Nós, como colectivo, somos três jovens com gosto e sensibilidade para a música. Moramos relativamente perto uns dos outros, na margem sul, na Amora. Cada um tem a sua vivência pessoal da música, e procura transmiti-la através do nosso som. Divididos entre trabalho e estudos procuramos conciliar a vida pessoal e profissional de cada um com a banda.
O que vos move para a música?
Na música vemos a possibilidade de expressar a opinião que temos em relação aos mais diversos temas do dia-a-dia e à conjuntura em que vivemos, sem ser alvo de constrangimentos ou bloqueios além daqueles que partem da nossa própria consciência, que são muito poucos. Com os nossos temas procuramos expor o nosso pensamento e visão de vida.
Quais são as vossas influências musicais?
As influências são vastas. Se, por um lado, está patente nas nossas faixas uma clara influência do reggae (desde o roots ao ska passando pelas demais vertentes) denota-se também uma clara presença do hip-hop. O rock faz parte dessa lista de influências, até porque o MOH e o DEZ fizeram parte de bandas de rock anteriormente.
De onde surgiu o nome do grupo?
O objectivo da criação deste grupo residiu na vontade de criar um colectivo capaz de abarcar tanto o hip-hop como o reggae, e ainda o soul. Assim, procurou-se um nome que pudesse caracterizar esses três estilos. Procurou-se ainda reflectir num único nome que incluísse não só esta diversidade musical como também a força e a nossa vontade para a música, bem como a vertente mais pessoal patente na música que criamos.
Como foi a vossa primeira actuação?
A nossa primeira actuação foi bastante positiva, ao contrário do que esperávamos. As expectativas eram reduzidas visto que era um concerto de apresentação de uma banda. Foi-nos possível conciliar esta actuação com o aniversário de um grande amigo da banda e a sua promotora de eventos. Assim, juntou-se no mesmo espaço um grupo de amigos, outros músicos e nós.
Como vêem o panorama musical em Portugal?
A música em Portugal está cheia de bons projetos. Existe muita gente a trabalhar num sentido ascendente e com clara capacidade para aquilo que faz. No entanto, quer seja da parte de organizadores de eventos, quer de espaços para actuações ou até do sector público, existe alguma relutância em apostar em novos projetos, o que, por um lado é perceptível – já que o objectivo de muitas instituições é o lucro -, mas por outro lado tende a desincentivar a renovação do sector musical, já que muitos destes novos grupos e bandas tendem a desaparecer com o tempo. Felizmente, na nossa situação pessoal, até temos tido a mão de algumas casas e alguns organizadores, que acabaram por se tornar amigos da banda, o que nos tem permitido manter uma agenda equilibrada.
Como está a agenda?
A música, tal como tudo, funciona à base de ciclos. Tão rápido os concertos surgem de forma consistente no calendário, como tendem a sofrer períodos de abrandamento. Não é necessariamente mau pois dá algum espaço de manobra para voltar a trabalhar na música e na criação de novos projetos. E temos algumas datas já em vista, sobretudo para a altura do Verão.
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