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5º FESTIVAL OPTIMUS ALIVE!

Mais vivo do que nunca.

Oeiras, Julho 2007. As estreias dos White Stripes e Beastie Boys em Portugal, a par das actuações dos Pearl Jam, Smashing Pumpkins ou Buraka Som Sistema, deram o pontapé de saída a um dos maiores eventos de música no nosso país. Passados quatro anos e inúmeros nomes da primeira linha da música internacional (Bob Dylan, LCD Soundsystem, Rage Against The Machine, Neil Young, Metallica, Black Eyed Peas, MGMT, Faith No More, etc.), o Optimus Alive! é visto como obrigatório e transversal a várias gerações. E não só cá dentro. A revista britânica, New Musical Express, inclui-o no lote dos doze melhores festivais europeus fora do Reino Unido. As edições anteriores e também a próxima que está a chegar.

É sempre bom ouvir elogios lá de fora e de gente reputada, mas nem tudo são rosas no que toca ao alinhamento 2011. O palco principal vai ter muitos momentos aborrecidos (onde vai rimar com frases “mais do mesmo”, “já não há pachorra” ou “o que estes mereceram para estar aqui com grande destaque?”) e se não fossem os palcos secundários – onde moram as constelações indie, electrónica e a nova música tuga – corria o risco de ficar a milhas de interesse em relação aos seus naturais rivais, Super Bock Super Rock, Paredes de Coura e Sudoeste.

Em hora de celebrar a quinta edição, o festival faz justiça ao slogan que o acompanha: “Maior Evento de Música e Arte”. É alargado para quatro dias (6-9 de Julho; quarta a sábado) e a promotora e responsável pela organização, Everything is New, aumentou o espaço do recinto instalado no Passeio Marítimo de Algés para acolher 50 mil visitantes. Para já, somente o primeiro dia encontra-se esgotado.

CINCO ANOS, CINCO DESTAQUES EM 2011

COLDPLAY. A banda de Chris Martin não tem a dimensão dos U2, mas para lá caminha. Numa carreira cheia de êxitos, regressa ao nosso país para apresentar o próximo disco composto por temas sobre “amor, vícios e transtorno obsessivo-compulsivo”, numa revelação do vocalista à BBC. “Viva la Vida”, dizem eles, nem que para isso seja evocado o espalhafatoso “Ritmo de la Noche” no seu novo single, «Every Teardrop is A Waterfall». (actuam dia 6)

ANNA CALVI. É o chamado hype justificado. No primeiro e homónimo álbum, há uma bravura irresistível nas letras, uma melodia apaixonante e uma voz que transpira pecado mesmo que fisicamente seja uma frágil e bela menina-mulher. São muitos os que já se deixaram contaminar por canções como «Desire», «Love Won’t be Leaving» ou «Suzanne and I». É, sem dúvida, uma intérprete para seguir atentamente. Fascinante! (dia 6)
FLEET FOXES. “Helplessness Blues” continua o legado do também elogiado disco de estreia. Mesmo que o ideal seja vê-los numa Aula Magna, para quem não os conhece, atenção: não precisa de ser hippie, de ter barba ou de venerar a expressão “folk pastoral”. Deixe somente os seus ouvidos fluírem às belas melodias do quinteto norte-americano. (dia 8)

JANE’S ADDICTION. Ao contrário de Anna Calvi, Fleet Foxes, The Naked and Famous, James Blake ou Avi Buffalo, que também actuam pela primeira vez em Portugal, a banda de Perry Farrell faz parte da velha guarda (bem acompanhados no Alive por Iggy & The Stooges, Blondie ou Nick Cave, que apresenta-se com os Grinderman). Com mais de 25 anos e diversas rupturas e regressos ao activo, os californianos nunca perderam a essência de serem provocativos no campeonato do rock alternativo. (dia 9)

TV ON THE RADIO
. Formados há uma década em Brooklyn, apresentam o novo álbum “Nine Types of Light”. É o seu mais acessível e esperançoso disco, mas em nada inferior aos anteriores. A par de outros repetentes no nosso país (como Chemical Brothers, Patrick Wolf, Digitalism, Dizzee Rascal, Primal Scream ou Boys Noize), promete um concerto enérgico. Deviam estar no palco principal. (dia 9)



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