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A Morte do Corvo

Teatro imersivo no antigo Hospital Militar

Imaginemos um qualquer universo paralelo em que, Fernando Pessoa, convence o seu grande amigo Mário de Sá-Carneiro a participar num ritual de iniciação de uma ordem secreta, liderada por Edgar Allan Poe. A Ordem é a Ordem do Corvo, que busca o segredo da vida eterna e funciona secretamente, no primeiro andar da funerária Nevermore, gerida por Edgar Allan Poe.

A partir daqui desenrola-se a trama, juntam-se à intriga Ofélia, casada com Pessoa, Heléne, a amante de Sá-Carneiro e Celeste, a ervanária, que envenenou o próprio marido e que agora vive escondida por Poe e sujeita à sua tirania.

Este é o ponto de partida para a peça imersiva, A Morte do Corvo, onde vamos seguir de perto os personagens, enquanto se desenrola uma história de inveja, amor, mistério desespero e morte.

Acompanhamos os personagens no decorrer da trama, num cenário que se destaca pela sua beleza, atenção ao detalhe e que, no fundo é o personagem principal na componente imersiva do espetáculo.

No desenrolar do enredo podemos, a qualquer altura, seguir qualquer dos personagens, contando que somos capazes de os encontrar, uma vez que o cenário é bastante grande e as várias acções estão a decorrem em simultâneo. Podemos ser surpreendidos por um vulto que passa ou atraídos pela curiosidade de virar cada recanto para encontrar uma nova sala, e mesmo que não esteja a acontecer nada lá dentro, sentirmo-nos impelidos a entrar e a admirá-la. Sendo uma peça imersiva, não faltam estímulos aos outros sentidos, a música, os sons, os cheiros, tudo nos empurra para sermos transportados para outra realidade misteriosa.

É um exercício ambicioso e que requer um investimento do espectador em tentar seguir todas as cenas da peça, ou acompanhar mais do que um personagem, tarefa nem sempre fácil. É um espetáculo que ultrapassa o contar de uma história e tenta criar, acima de tudo, uma experiência que estimula os sentidos.



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