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“À PROCURA DE SUGAR MAN”

Ainda há tanto por descobrir

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A história de Rodriguez, um ícone dos anos 70, enquadra-se no termo “Isto não lembra a ninguém”. Ora, temos um tipo latino-americano que editou dois discos e que foram autênticos fracassos de vendas nos Estados Unidos, mas que do outro lado do mundo, mais própriamente na África do Sul são autênticos clássicos, conferindo-lhe uma importância maior ou igual à do Elvis Presley. Sim, isto é verdade, mas e então o que aconteceu a Rodriguez? Estará ele podre de rico? Morreu?

Na era da Wikipedia e da Internet, Sixto Rodriguez continuava a ser um mistério e muitos especulavam mortes macabras para este cantor efémero, que depois de dois discos fantásticos (sim, eu mal acabei de ver o documentário fui logo ouvir todas as suas músicas) desapareceu do mapa.

Este documentário, mostra-nos a autêntica “caça” que dois sul-africanos fizeram para encontrar o seu ídolo e apresenta-nos alguns testemunhos de pessoas cuja vida mudou graças à sua música.

‘Searching for Sugar Man’ de Malik Bendjelloul é uma autêntica delicia para os nossos ouvidos, pois em cerca de uma hora apresenta-nos músicas que não nos vamos cansar de ouvir e ainda nos faz pensar “Ok, podemos nunca vir a viver dos nossos sonhos, mas podemos continuar a ser felizes.”, e foi isso que Rodriguez fez depois da sua aventura musical. Voltou às origens, trabalhou no duro para ter um lar, criar uma família e quando em 1998 foi recebido como um rei na África do Sul nem por um minuto deixou de ser quem é, mantendo-se fiel e genuíno a si mesmo.

Lá pelo meio perguntam-lhe como podia ter sido a sua vida se tivesse sabido do sucesso que fazia do outro lado do mundo, Rodriguez mostra-se sereno e não parece nada incomodado com a vida que levou até agora. Ele viveu um sonho. Quem lhe dera a muitos de nós, um dia, podermos realizar os nossos.

Rodriguez tinha concerto marcado para a segunda edição do festival Optimus Primavera Sound, no Porto, mas entretanto foi cancelado. Tenho pena de não ver esta figura que muito me tem inspirado desde que vi o documentário, mas aposto que um dia destes chegará a Portugal. Até lá, encontrem-no no cinema mais próximo.



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