“A Rosa de Prata” | Susan Carroll

“A Rosa de Prata” | Susan Carroll

Qualidade na escrita, uma trama envolvente e muita imaginação

Susan Carroll conseguiu surpreender outra vez. «A Rosa de Prata» (Círculo de Leitores, 2014) é o terceiro volume da saga A Rainha Negra, onde se desenrola a história de Miribelle Cheney, a mais nova das irmãs da Ilha Encantada.

Estamos em 1585. Miri cresceu e tornou-se numa bela mulher, mantendo a afinidade com os animais, os poderes curativos e a sua inocência virginal. Simon Aristide e Martin regressam também à sua vida, em lados completamente opostos, debatendo-se pelo interesse da Senhora da Floresta.

Muitas pontas deixadas soltas no volume anterior são agora esclarecidas e desenvolvidas e a narrativa é, novamente, urdida com a mestria a que a autora já nos habituou.

Desta vez não é Catarina de Médicis a pior inimiga das irmãs Cheney, mas sim a misteriosa Rosa de Prata. Miri, Simon e Martin vivem uma perigosa aventura até descobrir quem é esta nova bruxa, que utiliza o seu poder e influência para fazer o mal.

E em que mãos estará o Livro das Sombras que tinha desaparecido no prévio volume? Não certamente nas mãos de quem seria de esperar.

Todos os detalhes estão, mais uma vez, muito bem tecidos, tornando a história bastante real. O leitor consegue visualizar os acontecimentos, os ambientes e a química entre as personagens, como se de um filme se tratasse.

Embora esta história possa ser lida sem o conhecimento dos volumes anteriores, aconselha-se a quem se sente empolgado a lê-la que primeiro faça uma incursão por «A Rainha das Trevas» e «A Cortesã». Ao longo de «A Rosa de Prata», Susan Carroll recorre variadíssimas vezes a situações passadas para clarear o momento presente. Esse enquadramento traz ao leitor que tem acompanhado a série a lembrança de situações marcantes que, porventura, já podia ter esquecido, originando uma vontade de reler essas passagens.

Com um desenvolvimento emocional e afetivo entre as personagens mais lento que nos livros anteriores, «A Rosa de Prata», a par do mistério e dos eventos históricos, tem também a componente de romance, desta feita bem mais inocente do que conhecemos em «A Cortesã» e com bastantes contratempos pelo meio.

Em suma, Susan Carroll – infelizmente ainda pouco conhecida do público português – mantém a qualidade da escrita, o desejo de se continuar envolvido na trama e a excelente imaginação. Fica, portanto, a vontade de continuar a seguir a saga e a ansiedade da publicação do próximo livro com o título «A Caçadora». Recorda-se que, para além deste, falta ainda publicar «O Fim da Rainha» e «A Senhora dos Segredos».

 

Outros títulos da colecção:

«A Rainha das Trevas» | «A Cortesã»



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