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Agents of Mayhem | Análise

"Fighting Crime... In a future time!"

Algum tempo após o final “recreate earth” de Gat out of Hell – a expansão Stand-alone de Saints Row: IV – a Volition convida os fãs a conhecerem os Agents of Mayhem! Tendo lugar numa versão futurista de Seoul, a capital da Coreia do Sul, a narrativa não podia ser mais simples, opondo a organização M.A.Y.H.E.M. (Multinational Agency Hunting Evil Masterminds) às forças da L.E.G.I.O.N. (League of Evil Gentleman Intent on Obliterating Nations), a organização de super-vilões que tem como objectivo a destruição das nações do Mundo. Se esta premissa vos faz lembrar a dos desenhos animados que costumavam ver aos Sábados de manhã nos anos 90, como G.I. Joe, C.O.P.S. ou M.A.S.K., não é coincidência.

 

Sendo este um jogo a cargo da Volition, escusado será dizer que acção é a palavra de ordem. Para fazer frente às forças inimigas, o jogador tem acesso a uma equipa composta por três agentes. Isto apenas a início, porque depois, à medida que jogamos, vamos poder ganhar acesso a um total de 12. Escolhemos a nossa equipa na Ark, a base de operações dos Agents of Mayhem, onde podemos também adquirir vários upgrades e extras! Escolhida a nossa equipa, está na altura de a enviar para o campo de batalha, a cidade de Seoul.

Em vez de termos os três agentes no campo de batalha, cada um a cumprir o seu objectivo, em Agents of Mayhem, o jogador alterna entre cada um a seu bel-prazer mediante um sistema de teleporte que os vai substituindo. Uma vez que cada personagem se faz acompanhar por um leque distinto de habilidades e atributos, saber alternar para o agente que melhor se adequa à situação que temos em mãos é crucial e é mais de meio caminho andado para para que consigamos sobreviver no campo de batalha. Para mim, a equipa de sonho tem sido Gat que regressa de Saints Row para quem a pré-encomenda deste jogo, Fortune ou Rama e Yeti, um russo zangado (não podia ser mais cliché, eu sei, mas não me importo).

A acção é sem dúvida o ponto alto do jogo. Os combates são frenéticos, e desencadear as nossas habilidades e movimentos especiais sobre os nossos inimigos que fazem de tudo para nos derrubar, nunca deixa de ser divertido. As explosões e tiros estão por toda a parte mas é inevitável que bem lá mais para a frente se instale alguma monotonia. Isto porque, apesar de todo o caos que se espalha pelo ecrã, convenhamos que a variedade de inimigos é pouca. Já no que diz respeito às missões, sejam elas principais ou opcionais, há várias para realizar mas, salvo raras excepções, pouco ou nada diferem entre si, visto que basicamente acabam por girar à volta de “ir para o local X ou Y”, “piratear um terminal e/ou derrotar todos os inimigos”. Um dos momentos mais aliciantes para mim foi invadir uma base de operações da L.E.G.I.O.N. Quando fiquei a saber que existiam ainda mais para explorar mal podia esperar para o fazer, mas tal não foi a minha desilusão quando descobri que são todas praticamente iguais umas às outras… As mesmas salas e corredores, os mesmos inimigos e os mesmos objectivos: Piratear terminais e destruir tudo o que mexe.

Já a narrativa, também esta fica algo aquém das expectativas, sobretudo porque tenta forçosamente ser engraçada. O que é uma pena, porque oferece momentos bastante interessantes e genuinamente engraçados numa cidade que é bastante agradável à vista. Explorá-la é gratificante o quanto baste, sobretudo graças ao triplo salto mas é estranho notar que os seus habitantes são algo desprovidos de vida, não tendo nada para dizer e servindo apenas para nos dar pontos quando os derrubamos acidentalmente (ou não). Apesar de tudo, mentia se dissesse que não me diverti a jogar Agents of Mayhem. Explorar o leque de personagens e evoluir as minhas preferidas só ajudou a que a monotonia que mencionei em cima só surgisse lá bem mais para a frente na minha experiência de jogo. Já o que mais gostei de fazer, além de derrubar as forças da L.E.G.I.O.N, foi completar as missões que nos dão acesso aos vários agentes. Cada agente tem uma história para contar e foi sempre interessante obter mais algum contexto sobre eles.

Agents of Mayhem, tal como Saints Row, não é para todos. Com um humor que ou se gosta ou se odeia, fico contente por ter conseguido encontrar um meio termo. Infelizmente não impediu que se instalasse alguma monotonia mas aliado a uma jogabilidade frenética e uma dinâmica bem original, proporcionou-me momentos genuinamente engraçados à medida que explorei o leque invejável de protagonistas que este jogo nos oferece. Se és fã do trabalho da Volition esta é uma aposta que talvez queiras considerar, caso contrário talvez queiras pensar duas vezes antes de o fazer.

 



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