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Agosto em Osage

A mais recente encenação de Fernanda Lapa, em cena no TNDM II.

“Agosto em Osage” é uma peça escrita por Tracy Lettes, representada pela primeira vez em Portugal. “É uma peça complicada, longa, com muita acção, mas que dá muito prazer porque tem grandes papéis”, disse Fernanda Lapa que aceitou o convite de Diogo Infante para encenar esta “maratona” de três horas que está em cena até dia 2 de Agosto na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.

A cortina sobe e temos, sentados num sofá, Beverly Weston (interpretado por Mário Jacques) a entrevistar Johnna Monevata (Filomena Cautela), pois aquele pretende contratar uma governanta para sua casa. Esta cena antecede o desaparecimento do patriarca, numa noite quente do mês de Agosto, em Oklahoma, que surge como mote para o desenrolar da trama.

Todos os familiares vão aparecendo para se reunirem junto da mãe, Violet (Lia Gama), que é viciada em fármacos e psicologicamente instável, para poderem perceber a que se deve o desaparecimento do patriarca.

Os primeiros a aparecerem em casa da família Weston são Mattie e Charlie, irmã e cunhado de Violet. Depois surgem Barbara e Bill. Enquanto vão surgindo os restantes elementos, o espectador sente que também faz parte daquela família e é convidado a acompanhar o desaparecimento daquele patriarca, bem como as verdades escondidas que vão sendo reveladas. Com o aumento da tensão em palco, existem momentos em que o espectador poderá sentir necessidade de comentar em alto e bom som, dando conselhos àqueles familiares que estão mesmo à sua frente.

“Agosto em Osage” é uma história duma família disfuncional escrita por Tracy Lettes, com uma duração de três horas, mas que o espectador nem se aperceberá do tempo a passar, dada a fluidez com que as conversas se vão desenrolando.

Existe um grande trabalho de caracterização, de figurinos e de interpretação, para Ana Margarida Pereira, que faz de Jean Fordham, filha de Bárbara (Margarida Marinho) e Bill (Adriano Luz). Toda a peça é marcada por grandes interpretações de um conjunto extraordinário de actores, responsáveis por prender o espectador ao texto.

Esta peça é uma co-produção entre o Teatro Nacional D. Maria II e a Escola de Mulheres e conta com um elenco de luxo: Adriano Luz, Ana Margarida Pereira, Filomena Cautela, Isabel Medina, João Grosso, José Neves, Lia Gama, Luís Lucas, Manuel Coelho, Margarida Marinho, Marina Albuquerque, Mário Jacques e Paula Mora.

A cenografia e os figurinos são de António Lagarto. O desenho de luz é de Orlando Worm e a sonoplastia de Rui Dâmaso.



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