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Akron/Family @ Hard Club

Amor, caos e espaço.

Os Akron/Family subiram ao palco no HardClub, dia 20 de Novembro, num concerto integrado na digressão “Destroy Refinement” e para apresentar o álbum “The Cosmic Birth and Journey of Shinju TNT”.

Depois da calma crua melancólica dos The Partisan Seed, de Filipe Miranda, eis que entram Dana Janssen, Seth Olinsky e Miles Seaton – os Akron/Family.

Ao vivo, a banda usa improvisação e harmonias que divagam entre as maravilhas triviais da vida e da natureza, sons tropicais e viagens psicadélicas inspiradas em Santana. Todos eles respiram percussão e sons de guitarras incisivos. Ainda que possamos ouvir melodias doces e etéreas, logo são perseguidas por vulcões de som que ameaçam melhorar a cada minuto de concerto.

Todas as músicas, como por exemplo «Island» de “The Cosmic Birth and Journey of Shinju TNT e «Everyone is Guilty» de “Set ‘Em Wild Set ‘Em Free” foram tocadas até à exaustão num Folk-Indie experimental que deixou a sala, não muito cheia, em êxtase. Todo o concerto foi um momento alto. Não houve paragens e hesitações, mesmo na interacção com o público.

Houve o momento coregorafia “santana-em 1972 – a tripar em peyote” – em que o público foi levado a colocar o braço no ar e espetar o dedo, enquanto fechava os olhos ao som de uma voz hipnótica que lhes dava instruções. Balançando todos em conjunto (os Akron/family pediram para que todos se juntassem numa massa corporal em frente ao palco), foram assolados pela presença dos membros na plateia. Usando o microfone para criar sons com o público, construiram uma corrente de fita adesiva de um dos lados deixando parte das pessoas lá dentro até ao final da música. Se até então já tinham cativado o público, agora começavam a fazer parte do mesmo.

Passando as músicas a lembrar férias tropicais, mas das boas, rompem os ouvidos presentes com experimentação de sons levando o termo música a outro nível. Não só usaram samples grotescos (com distorções de voz avassaladoras) como tambénm quebraram tudo isto com sons melódicos e ritmos envolventes.

O público não mais se dispersou pela sala, ouvindo atentos e entrando na onda de todos os sons produzidos, para levarem um estalo na cara, com a última música a revelar-se agressiva e espectacular.

Mas, claro, não ficamos por aqui. Voltam os três ao palco, só com uma guitarra. As três vozes complementam-se em «Love and Space», do álbum “Meek Warrior”, para uma despedida de amor bem acolhida por todos, onde outrora reinou o caos que o público agradeceu.

Reportagem fotográfica por Mariana Lambertini aqui.



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