Andrew Bird
Um dos mais brilhantes autores de canções da actualidade vem a Portugal mostrar o seu trabalho. A não perder no início de Setembro.
Com um mês de Agosto preenchido com a “normal” programação, o Lux aposta em grande na reentre em Setembro. Logo a começar o mês, as batidas electrónicas e a dança habitual vão ser substituídas pela harmonia dos violinos, dos assobios e da voz de um dos mais interessantes songwriters/ performers da actualidade, Mister Andrew Bird.
Natural de Chicago, Bird tem dedicado toda a sua vida à música. Aos quatro anos começou a aprender violino, tendo posteriormente estudado música na Northwestern University. Influenciado por um enorme leque de estilos, Andrew Bird já fez um pouco de tudo. Começou por explorar a música étnica e o jazz, para depois ter envergado por alguns projectos mais relacionados com o rock, na altura em que finalizou o seu curso de música, em 1995.
Depois de ter colaborado com alguns projectos (Charlie Nobody e Squirrel Nut Zippers), Andrew editou um álbum a solo, “Music of Hair”, para depois ter formado a sua primeira banda, “Andrew Bird’s Bowl of Fire”. Com este projecto, o músico editou três álbuns: “Thrills” em 1998, um disco que mistura o folk com o jazz; “Oh! The Grandeur” também de 1998, com nítidas influências ciganas e “The Swimming Hour” de 2001, um misto de rock e soul, que combina a obscuridade da folk europeia com a nitidez da country norte-americana.
Em 2003 é editado o primeiro registo de estúdio de Andrew Bird. “The Weather Systems” é muito bem recebido pela crítica e demonstra a excelência do músico, captando a atenção de muitos fãs, um pouco por todo o mundo. Em género de retrospectiva, o músico lançou recentemente, “Fingerlings” e “Fingerlings 2”, duas edições limitadas que registam actuações ao vivo, versões, músicas não editadas e muito material extra, que passam em revisão sete anos de carreira.
Depois de ter estado em tournée com os Magnetic Fields, Lambchop e Ani DiFranco, Andrew Bird regressou ao estúdio e criou uma obra de arte. ”The Mysterious Production of Eggs” consegue extrair todas as qualidades do músico. Com este álbum, Andrew coloca-se ao lado dos maiores songwriters do início do milénio e mostra toda a sua capacidade instrumental e criativa.
Carregado de pormenores deliciosos, este disco mostra que ainda existe alguém que se preocupe com os arranjos. Todos os instrumentos – à excepção da bateria – são tocados pelo próprio e os temas abordados são dispersos e vão desde a ciência moderna e criatividade até aos problemas e traumas de infância. Tudo isto com um glamour, subtileza e qualidade inegáveis e que o colocam na pole position da música indie pop mundial.
Andrew Bird é, ao vivo, aquilo que ouvimos em disco, uma combinação entre songwriter, violinista, guitarrista, vocalista e assobiador profissional. Os temas são constantemente re-inventados em cada actuação. São adicionados novos arranjos e uma ou outra assobiadela.
A revista Mojo considerou-o “incrível” ao vivo e o seu disco “Fingerlings 2” foi considerado o melhor do mês. Dia 6 de Setembro (dia 9 na Casa das Artes em Famalicão) vamos ter oportunidade de comprovar esse estatuto. O concerto vai ter lugar na discoteca Lux e vai ser obrigatório assobiar.
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