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Antevisão: Jogos SWITCH | Entrevista a Gonçalo Brito

As novidades Switch e entrevista especial.

No dia 28 de Junho de 2018, a Nintendo Portugal convidou a RDB a comparecer num evento exclusivo à imprensa de vídeo-jogos para experimentar os vários títulos que brevemente sairão para Nintendo Switch. Aproveitei o evento para convidar o novo agente de relações públicas da Nintendo Portugal, Gonçalo Brito, para uma entrevista. Esta foi filmada e podem encontrá-la em baixo, no final deste artigo, no canal Nintendências, o meu canal pessoal que abri recentemente para colocar conteúdo relativo à Nintendo e aos jogos da Switch.

Talvez alguns de vocês já tenham experimentado os títulos sobre os quais escrevi estas antevisões na Comic-Con deste ano. Mas, se tiveram de ficar em casa, então fiquem com a minha experiência dos mesmos:

Pokemon Let’s Go Pikachu e Eevee – Data de lançamento: 16/11/2018

Uma das apresentações principais no evento foi um preview mais detalhado dos novos jogos de Pokémon. Se virem os trailers destes novos títulos, perceberão que são muito semelhantes ao “Pokémon Go” para os telemóveis. Mas o staff da Nintendo esclareceu que há muito conteúdo que separa o “Let’s” do “Go”. Neste jogo estamos de volta à região de Kanto onde tudo começou. O que salta logo à vista são os Pokémons a passear pelos arbustos da região. Eles abundam na paisagem e variam em tamanho e em comportamento. Isto pode parecer superficial mas são elementos que afectam o CP de cada Pokémon. Talvez tenham visto esta sigla antes no Pokemon Go: é um valor que reflecte o quão esse Pokemon irá beneficiar a nossa equipa quando apanhado – lembrem-se que não é possível lutar contra Pokémons selvagens – em vez disso, é necessário apanhá-los com as Pokébolas. No entanto, isto não quer dizer que não existem lutas de Pokémons, pois os treinadores invasivos – aqueles que forçavam batalhas sem dizer “boa tarde” – ainda se encontram nos cantos dos mapas, à nossa espera. Para além disso, os ginásios mantêm-se abertos. Isto quer dizer que, apesar de o jogo usar mecânicas do Pokémon Go, especialmente na maneira de apanhar Pokémons, ainda retém alguns dos sistemas dos títulos clássicos e apresenta-se mais como uma mistura entre estes e o “Go” – perfeito para habituar os fãs do Go à franquia principal. No entanto, esta nova Kanto tem algumas diferenças que serão bem-vindas aos fãs mais antigos. Muito do diálogo original foi preservado – confirma-se que ainda estamos a “10 mil anos-luz de enfrentar o Brock” – e foram adicionadas várias referências à anime original. Prestem especial atenção aos novos NPCs, já que muitos referenciam episódios da série –  e tenham cuidado pois os Team Rocket também andam por aí – e eu estou a falar nomeadamente sobre a Jessie e o James, não só a máfia toda de negro. Finalmente, foi dado especial destaque ao novo dispositivo próprio do jogo – o comando Pokébola. Na realidade, é mais do que um comando, pois é possível meter nele um Pokémon e levá-lo para todo o lado. Inclusive, é possível transferir a criatura entre o Pokémon Go e o Let’s Go, permitindo que haja uma interacção entre o jogo da Switch e o nosso telemóvel. Poderão facilmente meter a Pokébola no bolso e abaná-la para ouvir o vosso Pokémon lá dentro. Durante a apresentação, a criança em mim sorriu de orelha a orelha – o que não daria para ter o meu Nidoking no porta-chaves e usá-lo em batalhas no recreio! Também acho que a adição de elementos da série de anime puxou muito pelas minhas cordas nostálgicas. Confesso que antes pensava que este título não era para mim, um fã veterano da franquia principal, mas estes pequenos detalhes dão-me razão para acreditar que também me poderei divertir com o Let’s Go. 

Super Mario Party – Data de lançamento: 05/10/2018

Outro ponto de interesse no evento foi a apresentação do novo jogo da série Mario Party. O que nos foi mostrado justifica totalmente o prefixo de “Super”, pois ficámos a conhecer vários novos modos que estarão no popular título de festa da Nintendo. Em primeiro lugar, vimos um percurso onde assistimos à contagem decrescente, em cada turno, da detonação do Rei Bob-omb, no qual temos de planear bem as nossas jogadas para coleccionar a estrela e, ao mesmo tempo, manter-mo-nos a uma distância segura da explosão. Mas existe outro twist no jogo – cada personagem tem um dado diferente, para além do dado normal, o que faz com que haja alguma estratégia na sua escolha antes do início do jogo. Em vez de números de 1 a 6, alguns dados têm algarismos, sem ordem, que saltam entre o 1 e o 10, tendo, por vezes, um símbolo de +/-3 moedas. Uma literal reinvenção do dado que destaca este novo Super Mario Party dos anteriores. Outra novidade é o ecrã que aparece antes de jogarmos um mini-jogo. Antes de começar, podemos praticar cada mini-jogo e habituar-mo-nos aos seus controlos específicos no próprio ecrã de previsão – ou seja, já não há cá desculpas de “ai não sabia jogar”. É verdade que existia um sistema semelhante nas edições passadas – podíamos jogar uma partida para praticar – só que isto quebrava o “andar” do jogo pois fazia com que tivéssemos de jogar o mini-jogo duas (ou mais) vezes. A “estrela” da apresentação foi, no entanto, a nova funcionalidade da Switch que permite com que alguns mini-jogos sejam jogados entre duas consolas. Basta posicioná-las numa superfície plana, lado a lado, para mudar o mapa de um jogo de tanques, por exemplo – o que adiciona um novo elemento de personalização e estratégia – talvez vejamos eventos de Super Mario Party competitivo no futuro?

Super Smash Bros. Ultimate – Data de lançamento: 07/12/2018

Sendo um jogador de Smash competitivo, confesso que a oportunidade de experimentar este jogo era o que mais me chamava no evento. Tanto que gravei um vídeo de mim a jogar contra o Filipe Barreiros, aka BigLord, um dos melhores jogadores competitivos de Smash Bros. em Portugal. Infelizmente, ainda há muito pouco que sabemos do jogo fora das personagens, itens e estádios. No entanto, deu para saborear a jogabilidade e para perceber o que separa esta nova iteração da anterior (apesar das suas semelhanças visuais). A jogabilidade deste jogo é bem mais rápida do que nos anteriores, algo que não é imediatamente óbvio, mas isso é porque a diferença está nos detalhes. Em primeiro lugar, todas as personagem parecem ter ganho um upgrade de rapidez, pois é possível agir imediatamente após qualquer outra, er… acção. Ou seja, é possível atacar mais rapidamente no final de uma corrida, ou depois de aterrar. Em seguida, devo apontar que as personagens, quando atingidas por ataques poderosos, voam imediatamente para o sítio onde seriam projectadas, deixando um rasto de fumo colorido para ver o ângulo em que foram lançadas – o que faz com que seja mais difícil fazer combos, e mais aconselhável executar ataques mais fortes de uma só vez. Finalmente, as nossas opções defensivas são muito menos encorajadas – somos castigados por nos esquivarmos demasiado. Tudo isto pode parecer muito técnico ou superficial, mas muda radicalmente a maneira como abordamos cada batalha. Basicamente, isto significa que devemos estar sempre na ofensiva – aliás, este é, definitivamente, o foco do jogo: uma jogabilidade agressiva, para puxar do espírito competitivo e fazer berrar multidões. Estas mudanças também fazem com que seja mais satisfatório jogar com as personagens mais pesadas, pois os seus ataques mais lentos, os que as deixavam mais expostas em títulos anteriores, são agora mais rápidos, deixando menos oportunidades de serem castigadas por um oponente. Concluindo, por muito que pareça que o Super Smash Ultimate seja uma versão especial do título anterior, como o Mario Kart 8 Deluxe, as diferenças existentes provam que este é um título com uma jogabilidade bastante diferente. Se forem veteranos da saga, preparem-se para se re-habituar à maioria das vossas personagens preferidas. Se, em vez disso, forem novos na série, então podem crer que este título será um excelente ponto de partida tendo em conta não só o número gigantesco de personagens confirmadas, mas também a jogabilidade que recompensa uma abordagem mais caótica do que pausada. De qualquer maneira, convido a todos que gostem da série a se juntarem à comunidade Smash Bros. PT para saberem mais sobre os torneios existentes e aprenderem com os veteranos portugueses – estamos à vossa espera!

Entrevista

E aqui fica a entrevista feita por este vosso jornalista amador a um amigável profissional de Relações Públicas. Sim, confesso que demorei demasiado tempo a fazer o upload, mas, de qualquer maneira, creio que deu fruto a várias informações relevantes sobre o plano de acção futura da Nintendo Portugal no que toca à sua relação com os antigos e novos fãs da Switch em terras lusas. Sem dúvida que estamos na melhor altura de ser “nintendista” em Portugal.



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