Battlefield: Hardline | Análise
Combate na rua
Fugindo aos tradicionais campos de batalha, a Visceral Games (Dead Space) em conjunto com a DICE leva desta vez o combate de Battlefield para as ruas da cidade, substituindo assim os soldados por Polícias e Ladrões. Tem como nome Battlefield Hardline e com ele chega uma nova e mais arrojada forma de jogar Battlefield. Saíu há um mês e alguns dias e nós cá estamos para vos dizer o que achamos!
Como disse, desta vez Battlefield foge ao tradicional. A história de Battlefield Hardline… Eu sei que a grande maioria não quer saber da história, mas temos de falar dela, tenham paciência pessoal. Em Hardline, a história transporta-nos para Miami onde vamos encontrar o recém promovido a detective, Nick Mendoza. Com Hardline, a malta da Visceral prometeu uma história pouco ou nada linear que conseguisse ultrapassar a dos seus antecessores. Desenrolando-se por episódios, como se de uma série policial de Fim-de-Semana à tarde se tratasse, vamos acompanhar a guerra de Nick contra o crime que paira sobre Miami. À medida que vamos progredindo, vamos conhecer uma série de personagens, boas e más, algumas das quais será até muito fácil descobrir quem lhes deu voz e cara. Não vou estragar-vos nada, mas não esperem muito de Hardline em termos de história. O poder, a corrupção, crime e droga são a ordem do dia, e apesar da acção, perseguições de automóvel, vão haver os tradicionais clichés. Tem os seus momentos, mas está longe de ser perfeita.
Em Battlefield o modo Multiplayer sempre falou mais alto e em Hardline isso não é excepção. Nesta entrada da série os veteranos da série vão encontrar grandes diferenças. O que salta imediatamente à vista é a dimensão dos mapas. Todos eles trazem dimensões menores quando comparados com os dos títulos anteriores. À primeira vista, a extensão reduzida dos mapas pode parecer que Battlefield está a assumir características do seu rival Call of Duty mas não é necessariamente isso que acontece. Aqui, jogadores e veículos têm agora menos espaço para percorrer, pelo que o conflito é agora uma constante, levando a combates mais frenéticos e intensos. A sorte favorece os audazes e pode parecer que não mas apesar do caos que vamos encontrar no ecrã, são geralmente os jogadores mais experientes que prevalecem. Aqueles que conhecem os seus limites, que conhecem bem as armas que levam para o campo de batalha mas que sobretudo trabalham em equipa.
Quanto aos modos, estes são vários. Apesar de mais frenético, Heist em muito se assemelha ao modo Rush. Os criminosos terão de arrombar um cofre e levar o dinheiro que nele se encontra para o ponto de extracção. A polícia tem de os parar se quiser ser bem sucedida. Blood Money coloca novamente os dois lados em conflito. Aqui, ambas as facções terão de recuperar o dinheiro que se encontra num contentor no centro do mapa e levá-lo para o ponto seguro. A coordenação vai ser crucial, bem como o controlo dos veículos para que tudo seja mais rápido. Ganha a equipa que primeiro alcançar os 5 milhões de Dólares.
Mas não ficamos por aqui, a diversão ainda agora começou. De seguida temos o Hotwire: Aqui, serão os carros que assumem o lugar das tradicionais bandeiras do modo Conquest. Muito à semelhança deste tradicional modo, conduzir estes carros vai consumir os tickets da equipa contrária. A primeira equipa que perder todos os seus tickets, perde. Finalmente chegam dois modos com 3 minutos de duração onde duas equipas de 5 membros terão de se enfrentar: Rescue e Crosshair. No primeiro, os membros da S.W.A.T têm como objectivo salvar os reféns das garras dos criminosos. Para ganhar, os agentes terão de, ou salvar os reféns ou eliminar todos os criminosos. Quanto aos bandidos, o seu objectivo é mais fácil: eliminar todos os agentes da polícia. Cada jogador tem apenas uma vida, por isso cuidado. Já no segundo modo, os criminosos têm o objectivo de eliminar um VIP controlado por um jogador da equipa contrária. Quanto à polícia, terá de conseguir proteger o VIP até este chegar ao ponto de extracção. Mas não se preocupem os mais saudosistas, os tradicionais modos Conquest (com variante entre 32 e 64 jogadores) e Team Deathmatch estão também de regresso.
Mas a Visceral também tem algo a dizer quanto ao sistema de progressão. Ao contrário dos tradicionais pontos de experiência, desta vez, tudo gira à volta do dinheiro que vamos acumulando à medida que vamos jogando. Com ele vamos comprar directamente as peças de equipamento que desejamos em vez do desbloquear de uma série itens até finalmente chegarmos ao que realmente pretendemos. Só que claro que não é assim tão linear, existem peças de equipamento universais, ou seja comuns a todas as classes e para desbloquear outras terão de cumprir certos requisitos. Vai demorar algum tempo até conseguirem comprar as melhores peças de equipamento.
Toda a acção de Hardline é extremamente fluída tanto Offline no modo história como Online contra desconhecidos. Novamente o motor gráfico, Frostbite, dá provas da sua qualidade. A história apesar de alguma linearidade, consegue cativar-nos a completá-la. Algo que não acontecia desde Bad Company. No modo multiplayer, o modo de eleição em qualquer FPS, Hardline não desilude, seja a pé, de carro ou de helicópetro, todos os mapas, apesar das suas dimensões reduzidas quando comparados com os antecessores, têm muito para nos oferecer em termos de adrenalina. Talvez não seja o mais inovador dos FPS, mas é sem dúvida uma grande adição à série Battlefield.
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