Benjamin Clementine @ Coliseu do Porto (10.06.2019)
A maratona de concertos começou a 2 de junho em Coimbra, passou por Faro, Aveiro, Guarda, Braga, Ponta Delgada e agora termina na cidade invicta em plena celebração de mais um Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas e ninguém melhor do que Clementine para nos ajudar a relembrar o “bonito” que é o nosso país.
Portugal está na moda e se há atores, cantores e outros famosos estrangeiros que optam por vir para cá viver para usufruírem da pacata e solarenga vida que o nosso país permite outros há que apesar de por cá não viverem tem uma ligação tão forte com este “pequeno cantinho à beira mar plantado” que mal terminam as suas passagens por cá logo deixam e levam esse sentimento tão português e tantas vezes apregoado no “nosso” fado: a saudade!
Não há melhor exemplo que Benjamin Clementine que, por muitas vezes que por cá passe, deixa sempre latente um sentimento reciproco de saudade e uma legião de fãs ansiosos pelo seu regresso. Prova disso mesmo foram as salas das sete cidades nacionais por onde a última digressão passou terem esgotado a sua lotação num ápice deixando no ar a ideia que mais houvesse mais esgotariam.
A maratona de concertos começou a 2 de junho em Coimbra, passou por Faro, Aveiro, Guarda, Braga, Ponta Delgada e agora termina na cidade invicta em plena celebração de mais um Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas e ninguém melhor do que Clementine para nos ajudar a relembrar o “bonito” que é o nosso país.
Ainda faltava mais de uma hora para o início do concerto e já uma multidão se amontoava no exterior do Coliseu do Porto entabulando conversas que iam divergindo entre a inevitável euforia do feito mais recente da seleção nacional de futebol e as expectativas do que Benjamin Clementine apresentaria em palco nessa noite.
O músico “descalço” deu honras de abertura a Beaven Waller. O músico texano entrou timidamente em palco eram 21:30h, já a sala estava lotada, e logo que se ouviram os primeiros acordes do seu piano e principalmente a sua magnífica voz a sala ficou em silêncio rendida à qualidade de um músico que poucos na sala conheciam. Os cerca de trinta minutos que teve foram suficientes para dar a conhecer os seus temas que foram sempre antecedidos de histórias engraçadas baseadas nas suas viagens e que servem de preambulo dos mesmos.
Passados poucos minutos após o músico americano sair de “cena” e logo o público presente mostrava ao que vinha ao aplaudir e gritar por Benjamin Clementine. Não tiveram de esperar muito e um pouco antes das 22:30h o “seu” quinteto de cordas parisiense entrava em cena e dava os primeiros acordes “abrindo” o Coliseu para um descalço Benjamin Clementine que surgiu por entre as cortinas cantando «Winston Churchill’s Boy».
Findo o primeiro tema e logo a primeira confidência do músico aos “seus amigos” presentes no Coliseu com a bem recebida informação de que está a aprender a falar português e que era bastante difícil. Dificuldade essa, que não o impediu de ao longo do espetáculo ir soltando pequenas frases na língua lusa principalmente as muitos ouvidas “Cantem comigo” e “Estou contente por voltar aqui”.
O alinhamento do concerto passou por temas desde o álbum de estreia “At Least For Now” até ao álbum mais recente “I Tell A Fly”. Assim foi possível ouvir «God save the jungle», «I won’t complain», «London» entre outros. Já quase no final, «Condolence», mostrou o porquê de ser um dos temas favoritos do público presente que juntou a sua voz à do cantor e compositor inglês e o brindou no final com uma longa e ruidosa ovação de pé.
No final despediu-se em português com um “Muito obrigado” e com “Vou ter saudades” ao mesmo tempo que atravessava o corredor central do Coliseu tentando contactar e agradecer a um público satisfeito com o que viu mas já ansioso pelo seu regresso para combater a “saudade” que já paira no ar.
Texto por José Graça e fotografia por Maria Inês Graça.
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