Big (1988)
A escolha perfeita para me ajudar a chegar ao outro lado do Atlântico...
Há 2 meses atrás estava sentado num avião a caminho de Nova Iorque. Era a minha primeira viagem de longo curso. Para tentar acalmar o nervoso miudinho, que fez a sua aparição assim que o avião descolou, decidi ver os filmes que a companhia aérea tinha disponível. Depois de demorar quase 10 minutos a ver as descrições (a escolha de um filme nunca deve ser um processo arbitrário) acabei por selecionar um – que já tinha visto umas 5 vezes – “Big”.
Acho espantoso que algumas pessoas da minha idade nunca o tenham visto. Não se trata de uma obra-prima da sétima arte, contudo, acredito que “Big” pode ser considerado um clássico dos anos 80 e, como tal, merece ser visto. Pelo menos uma vez.
A premissa é bastante simples e acho que intemporal também. Um rapaz apaixona-se por uma rapariga mais velha e depois de ser vexado deseja ardentemente ser mais velho. Ora invariavelmente neste género de história existem sempre dois desfechos: (1) o rapaz faz de tudo para conquistar a rapariga e é bem-sucedido ou (2) apercebe-se que a melhor amiga, que sempre ignorou, é afinal a certa para ele. É aqui que “Big” surpreende. Em vez do típico boy meets girl, acaba por ser um boy-turned-man meets woman. E muito mais não se deve dizer acerca do enredo para não estragar o filme aos cinéfilos, excepto que há cenas com trampolins, pianos e robôs.
O papel principal é interpretado por Tom Hanks, que faz um trabalho fantástico em tornar credível o impossível. É arriscado dizer mas vou dizê-lo de qualquer maneira, este senhor é o melhor actor a que assisti nestes últimos 30 anos. É uma espécie de Meryl Streel. Qualquer papel que consigamos imaginar ou ele já encarnou ou está a preparar-se para o fazer.
Não sou apologista de repetir filmes, mas acho que “Big” foi a escolha perfeita para me ajudar a chegar ao outro lado do Atlântico, salvo e são (!). É uma obra simples, sem efeitos especiais, que nos faz rir e, possivelmente, ficar com uma lágrima no canto do olho. Chamo a isto entretenimento e não é coisa fácil de se encontrar no cinema actual.
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