Black Dice
Portugal está na rota das suas explorações sónicas.
As explorações sónicas dos Black Dice, o projecto menos “convencional” do catálogo da prestigiada editora nova-iorquina DFA, regressa a Portugal, depois da passagem pela edição do ano passado do Festival Sudoeste, para apresentar “Broken Ear Record”, o seu mais recente registo de originais. As actuações estão agendadas para dia 21 de Abril na ZDB (juntamente com Panda Bear) e dia 22 na Casa das Artes de Famalicão.
Embora sejam considerados como um “projecto nova-iorquino”, a história dos Black Dice tem início em Providence. Decorria o ano de 1997 quando quatro amigos – Bjorn Copeland (guitarrista), Hisham Bharoocha (baterista), Sebastian Blanck (baixista) e Eric Copeland (vocalista e irmão de Bjorn) – decidiram unir esforços num projecto musical ligado ao experimentalismo noise. Depois de algumas actuações caóticas, a banda muda-se para Nova Iorque e dá-se a conhecer ao mundo.
Depois de uma alteração na formação do projecto (saiu Sebastian Blanck e entrou Aaron Warren), a sonoridade dos Black Dice sofreu uma alteração e ganhou identidade. O caos experimental, sonoro e “fisico”, deu lugar a produções mais harmoniosas onde as influências noise coexistem com a electrónica minimal e contemporânea. As faixas de alguns segundos que marcaram o seu início de carreira transformaram-se em longas deambulações sonoras e os concertos começaram a surgir com maior frequência.
Depois de algumas tournées pela América em formato DIY (do it yourself), onde tocaram em diversas galerias e armazens, surge em 2002, “Beaches & Canyons”, o primeiro disco de originais com o selo da DFA que, na opinião dos elementos dos Black Dice, funciona como uma verdadeira “família”. A originalidade, o risco e o experimentalismo dos Black Dice rapidamente conseguiu angariar muitos seguidores e críticas favoráveis.
Em 2003 é lançado “Cone Toaster” um 12” que foi considerado pelo New York Times o melhor single do ano. No ano seguinte surge no mercado o segundo disco de originais da banda, mais uma vez com o selo da DFA. “Creature Comforts” torna-se num objecto de culto e consolida a posição dos Black Dice como um dos projectos mais difíceis de rotular na electrónica mundial.
Um ano depois a banda regressa com “Broken Ear Record”, o disco que vai servir de mote para as actuações em Portugal. A fórmula continua a mesma: uma dose de experimentalismo quase a pisar o “red line”; “harmonias” obscuras e originais; sedução física e mental. Ao vivo, a banda é imprevisível. Cada concerto é uma nova experiência, uma nova viagem, uma nova sonoridade.
Não percam o seu regresso a Portugal. Dia 21 de Abril na Galeria Zé dos Bois em Lisboa (acompanhados pelos Panda Bear). Dia 22 de Abril na Casa das Artes de Famalicão.
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