Carol
Muito mais que uma história de amor
Todas as histórias têm um início. Esta começa no início do fim com duas protagonistas. Apesar de o nome de uma delas dar nome ao filme creio que tanto Carol Aird (Cate Blanchett) como Therese Belivet (Rooney Mara) são personagens igualmente importantes. O filme trata de forma equilibrada tanto aspetos da vida de Carol como aspetos da vida de Therese, o que torna a compreensão desta história de amor muito mais significante. E engane-se quem acha que esta é apenas uma história de amor entre duas mulheres. Este enredo mostra o quão complicado pode ser a descoberta de nós mesmos, não só no que se refere à orientação sexual, mas também ao que queremos para a nossa vida enquanto pessoas inseridas numa sociedade, onde é preciso fazer escolhas.
Tendo em conta que a história se passa na década de 50, nota-se um cuidado especial na imagem: nas cores, nos cenários, na luz, no guarda-roupa (que dá vontade de vasculhar o baú das roupas da mãe, tias e avós…). E nos detalhes! O trabalho de edição recorre inteligentemente, em alguns momentos, a imagens de detalhes na mudança das cenas.
O desempenho destas duas atrizes e o trabalho de realização é simplesmente brilhante. Cannes’15 já aconteceu e Rooney Mara ganhou a palma d’ouro para melhor intérprete feminina. Foi também galardoado com o Queer Palm e será, muito provavelmente, um dos nomeados para o Óscar. E em mais do que uma categoria.
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