Chk_Chk_Chk-22

Chk Chk Chk @ Lisboa Ao Vivo (24.05.2023)

Óh Nic porque tens essa alergia ao palco?

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Os Chk Chk Chk atuaram no passado dia 24 de Maio no Lisboa Ao Vivo, com a organização a cargo da CrowdMusic e o apoio da Ant3na.

Seis anos depois a banda dos três pontos de “!!!” regressou a Portugal. O primeiro concerto realizou-se na Sala 2 do LAV e. teve meia casa a receber a banda Californiana, sediada em NYC.

Da Chick foi a artista portuguesa cujo nome assentou que nem uma luva para a primeira parte.

Tocou algumas das malhas do mais recente LP “Good Company”, juntamente com êxitos passados como «Cocktail».  Com um público ainda distante, Teresa de Sousa não se acanhou e mostrou frontalidade e atitude. Misturou funk, hip hop e sintetizadores. Não se esqueceu de mencionar Tina Turner, cuja notícia da morte tinha acabado de ser anunciada, minutos antes do concerto.

Em boa verdade, um concerto de Chk Chk Chk por muita qualidade, diversidade e transformação musical ao longo dos mais de vinte anos de carreira, é marcado pela performance do seu frontman Nicholas Joseph Offer. Um autêntico furacão no palco (e no meio da plateia, onde passa a maioria do concerto). Vestido de shorts e mangas arregaçadas, como é seu habito, é contagiante do inicio ao fim. Se a sua voz não deslumbra, o seu carisma melhora com a idade.

A banda dance-punk abriu com «This is Pop 2», seguido de «A Little Bit (More)», esta já com Meah Pace em palco. Meah, activista da soul de NYC, tem na voz a energia que Nic tem nas pernas. Seguiu-se «Panamá Canal» com o vocalista cantar e a dançar literalmente no meio da audiência, em que alguns espectadores tiveram mesmo direito a private dance. Até aqui foram apenas tocadas faixas do último álbum “Let it Blue”. A primeira cartada fora deste foi «Our Love (U Can Get)» do álbum de 2017, “Shake the Shoulder”. Nic, com alergia ao palco, deixando esse papel secundário a Meah e restante banda, deambulava, saltava, esperneava no meio da plateia, chegando mesmo a sair do LAV, para a zona de fumadores. Regressou ao palco para «Man on the Moon», numa versão bastante mais electro que a original. «Freedom!15» foi a faixa escolhida antes da primeira saída da banda.

O primeiro encore, teve apenas uma faixa, e com ela Nic ficou dez minutos no dancefloor enquanto a banda esticava ao máximo a entrada de «NRGQ».

O segundo encore surgiu quase de forma inesperada, já com parte da crowd de “saída”. Os !!! ainda sacaram da cartola «Dance is the Best Revenge», num momento que foi o mais alto de todo o espetáculo. Este é sem dúvida o cartão de visita da banda e fez ainda mais sentido ouvi-lo na noite em que a música ficou mais pobre, com a partida de Tina Turner.

Uma palavra elogiosa para a Crowdmusic pela oferta de bilhetes físicos à entrada. Bilhete colecionável, colorido com o logótipo da banda principal e da promotora, e não um pedaço de papel branco com rectângulos e letras pretas como se faz em quase todo lado atualmente.

Texto por Tiago Melo e fotografia por Graziela Costa.



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