Cinema da América do Sul

Mostra de cinema dedicada à produção cinematográfica da América Latina. De 15 a 24 de Setembro, no Fórum Lisboa.

Nos últimos anos, a produção cinematográfica dos países da América do Sul disparou em quantidade e qualidade. Embora sejam os filmes brasileiros que conseguem atrair mais público, tem havido uma curiosidade cada vez maior nas produções de outros países. São algumas dessas produções que vamos poder ver (ou rever) na Mostra a ter lugar entre os dias 15 e 24 de Setembro no Fórum Lisboa.

Embora a divulgação deste tipo de cinematografia seja quase nula entre nós, existem algumas meritórias excepções, como é o caso da organização do IndieLisboa, que na última edição do festival dedicou a secção Herói Independente ao cinema Argentino, que contou com a presença de alguns nomes importantes do renascimento de uma indústria que é hoje uma das mais fortes do mundo.

A escolha dos filmes para esta mostra tentou ser o mais abrangente possível, reunindo trabalhos de realizadores oriundos de 11 países. Constituída por obras inéditas em Portugal e com prémios significativos, esta Mostra é uma oportunidade única para conhecer o actual panorama cinematográfico desta região do globo.

Aqui ficam algumas sugestões da secção das longas-metragens:

Redentor, de Cláudio Torres (Brasil). 2004.
Com Pedro Cardoso, Miguel Falabella, Camila Pitanga, Fernanda Montenegro.

Milagres acontecem: um jornalista recebe de Deus a missão de convencer o seu amigo de infância, um corrupto construtor, a doar a sua fortuna aos pobres.

Quinta-Feira, 22 de Setembro às 22 horas
Sábado, 24 de Setembro às 19 horas

Bolívar Soy Yo, de Jorge Alí Triana (Colômbia/França). 2002.
Com Robinson Díaz, Amparo Grisales, Jairo Camargo, Alejandra Borrero.

“Bolívar Soy Yo” é uma farsa de humor negro que retrata com ironia e acidez o insólito, violento, cruel, maravilhoso e estranho mundo em que vivem os colombianos de finais do século XX e inícios do século XXI.

Sexta-Feira, 16 de Setembro às 19 horas
Domingo, 18 de Setembro às 22 horas

Whisky, de Juan Pablo Rebella, Pablo Stoll (Uruguai/Argentina/Alemanha). 2004.
Com Andrés Pazos, Mirella Pascual, Jorge Bolani.

Jacobo é proprietário duma velha fábrica de meias no Uruguai. Marta, a sua empregada fiel. Ambos têm uma vida monótona, centrada no trabalho. No dia em que Herman, o irmão de Jacobo que vive no estrangeiro, anuncia a sua visita, este decide pedir a Marta que se façam passar por marido e mulher. Uma história contada através de pequenos pormenores e trivialidades. Três personalidades aparentemente inofensivas. Três tipos de solidão.

Sexta-Feira, 16 de Setembro às 22 horas
Domingo, 18 de Setembro às 19 horas

Machuca, de Andrés Wood (Chile/Espanha). 2004.
Com Matias Quer, Ariel Mateluna, Manuela Martelli, Federico Luppi.

Chile, 1973. Gonzalo Infante e Pedro Machuca são duas crianças de onze anos que vivem em Santiago, o primeiro num bairro de classe média, o segundo num humilde bairro ilegal recentemente construído a poucos quarteirões de distância do primeiro. Dois mundos separados por uma grande muralha invisível que alguns, na sua luta por tornar realidade os sonhos de uma Época cheia de esperanças revolucionárias, querem derrubar.

Sábado, 17 de Setembro às 22 horas
Segunda-Feira, 19 de Setembro às 19 horas

Suite Habana, de Fernando Pérez (Cuba). 2003.

Amanhece em Havana. A cidade desperta e começa o dia e o filme. Porquê um dia em Havana? Porque a Havana de hoje é um ponto de referência para muitos; um mistério para outros e um sonho cheio de contradições e contrastes para quem a ama ou critica.

Segunda-Feira, 19 de Setembro às 22 horas
Quarta-Feira, 21 de Setembro às 19 horas

Crónicas, de Sebastián Cordero (Equador/México). 2004.
Com John Leguizamo, Damián Alcáraz, Leonor Watling, José María Yazpik.

Na cidade de Babahoyo, passados dois anos, as crianças desaparecidas são encontradas assassinadas. A polícia não tem nenhuma pista. Manolo Bonilla, jornalista de um programa televisivo sensacionalista, tem a certeza de que se trata de uma só pessoa. Um encontro com Vinicio Cepeda, que acaba de atropelar acidentalmente uma criança, e lhe confidencia algo, acaba por o convencer de estar perante o assassino em série.

Terça-Feira, 20 de Setembro às 22 horas
Quinta-Feira, 22 de Setembro às 19 horas

Así es la Vida, de Arturo Ripstein (México/Espanha). 2000.
Com Aracelia Ramírez, Luis Felipe Tovar, Patricia Reyes Spíndola, Ernesto Yáñez.

Júlia vive numa cidade enorme, poeirenta e anónima. Júlia tem 25 anos, dois filhos e um marido. Júlia não estudou, não trabalha nem tem família. Júlia é curandeira, trata calos, dores de costas, e as almas, e às vezes pratica o aborto. Júlia está sozinha. Não tem amigos. Não tem raízes. A cidade levantou-as. Júlia tem os seus filhos. Júlia tem um marido… ou pelo menos, acredita que tem… Até que um dia, o perde. E com ele, perde o apartamento em ruínas, o trabalho, o seu orgulho de mulher, a sua dignidade. Nesse dia, o seu universo despedaça-se. Nesse dia, Júlia só pode contar com os seus filhos, testemunhas do amor e do desamor do seu marido. Eles serão o seu instrumento de vingança.

Sábado, 24 de Setembro às 22 horas

Da secção de curtas-metragens serão exibidas:

L’ evangile du cochon creole, de Michelange Quay (Haiti/França). 2004
Tango del olvido, de Alexis Mital Toledo (Argentina). 2001
El Chancecito, de Efterpi Charalambidis (Venezuela). 2003
Gatos Placentarios, de Shawn Garry (Chile). 2003
Respete Las Señales, de Gary Alazraki (México). 2003
Noticias para Manuela sobre la muerte de Bolívar, de José Sánchez (Bolívia). 2000
La Cama Cinco (La Invariable Cotidianidad), de José Luis Arzuaga (Colômbia). 2000

As sessões das curtas estão agendadas para dia 21 de Setembro (Quarta-Feira) às 22 horas e dia 23 de Setembro (Sexta-Feira) às 19 horas,

A Mostra de Cinema da América Latina é uma iniciativa da Casa da América Latina, da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.M. e do ABC Cineclube.



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