Cool Jazz Fest

A primeira edição deste festival realiza-se entre 9 e 26 de Julho e apresenta uma interessante mistura de géneros e estilos.

O Verão em Portugal é habitualmente rico em festivais de Jazz. Muitas vezes me questiono porquê. Fruta da época? Ignoro os desígnios dos organizadores de eventos, mas a fruta é doce, importada ou não. O Cool Jazz Fest(ival) é uma estreia. E uma estreia em grande. Os inspiradores também o justificam: Montreaux, TIM Festival brasileiro; Apostando num repertório de fusão e diversidade, o jazz espreitando a cada esquina, de 9 a 26 de Julho teremos um pouco de tudo espalhado por Oeiras, Cascais, Sintra e Mafra, da responsabilidade da Música no Coração e da K! Movimento de ideias.

Nomes como Adriana Calcanhoto, a abrir o Fest no dia 9, prometem um espectáculo acústico feito do outro lado do Atlântico. No Jardim do Cerco do Convento de Mafra. Dia 10, Camané e o seu fado passam ainda pelo Convento, revelando uma paixão antiga e acesa.

Nos dias 13 e 18 de Julho, o Cool Jazz Fest muda-se para Sintra, para o Centro Cultural Olga Cadaval. Jacinta e Ed Motta mantêm o contraste entre lados diferentes de um mesmo oceano, a primeira com o jazz e o segundo com o funk, a primeira com o swing e o segundo com o groove. Jacinta, editada pela Blue Note no seu tributo a Bessie Smith, é uma referência portuguesa da voz do jazz. Ed Motta visita Sintra para promover o novo álbum “Poptical”, o seu “pop refinado”.

Passamos para Oeiras, na casa da Pesca, nos dias 21 e 22 de Julho, com Ravi Coltrane e Roy Ayers. Ravi é um monstro do jazz como o pai, John, com o mesmo apelido. O factor cunha no jazz não funciona, e os músicos valem pela música que fazem. E Ravi tem o seu valor próprio. Roy Ayers, esse “profeta do acid jazz” traz o seu vibrafone a Oeiras, e os seus espectáculos ao vivo são impressionantes, diz quem viu. O Paul McCartney disse.

A 25 e 26 de Julho, o roteiro acaba na cidadela de Cascais, com Buddy Guy e Barbara Hendricks & Magnus Lindgren Jazz Quartet. O rei do Blues de Chicago, uma lenda viva, dispensa apresentações. A fechar o festival, temos uma soprano de ópera acompanhando um jovem músico de jazz sueco e o seu quarteto. Uma combinação interessante que mostra o perfil deste festival, que promete um mês de Julho cheio. As portas abrem pelas 21.00, os concertos começam pelas 22.00. O preço dos bilhetes varia bastante, desde os 10 até aos 35 euros, consoante a sala. À venda nos lugares habituais. Longa vida ao Cool Jazz Fest!



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