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“Corrupção Mortal” de J.D. Robb

Remover as maçãs podres do pomar

Corrupção Mortal, de J.D. Robb (Chá das Cinco, 2024), é o 32º volume da série policial Mortal, com Dallas, Peabody e equipa a perseguirem a pior classe de criminosos: polícias corruptos.

Mais um livro pelas mãos de J.D. Robb, um dos pseudónimos da escritora Nora Roberts, uma das autoras mais lidas em todo o mundo, com cerca de 90 bestsellers no New York Times e mais de 500 milhões de cópias vendidas mundialmente, e a primeira autora convidada para o Romance Writers of America Hall of Fame.

Dallas continua a mesma protagonista justa, decidida, de feitio um pouco intempestivo e imparável.

A sua ligação com Roarke, continua picante, com os seus toques agridoces, mas com muita dedicação e entrega. São as suas imperfeições que os tornam tão perfeitos um para o outro.

O elo de respeito, orgulho e confiança entre Dallas e Peabody está cada vez mais forte, com Dallas a confiar no potencial de Peabody, entregando-lhe a primeira investigação como responsável do caso.

Eve deixou que Peabody determinasse o ritmo. No final do longo processo, três idiotas perigosos encontravam-se em celas, onde ela não duvidava que passariam muitas décadas das suas vidas inúteis.

Após resolverem o primeiro caso com a detetive Delia Peabody ao leme da investigação, um assassinato de um senhor idoso, proprietário de uma loja de conveniência, morto para diversão de três meliantes, Peabody, vai para um dos ginásios quase nunca frequentados, para poder exercitar-se sem mirones.

Após o seu exercício, depara-se com uma descoberta que pode arrasar a reputação da polícia, ou a sua própria vida e carreira.

Tentando escutar tudo sem ser descoberta, Peabody, ouve dois colegas, a Tenente Renee Oberman e o Detetive William Garnet, a confessarem o seu anel de corrupção e crimes variados, a começar pela morte, tudo menos acidental, de Keener, um drogado, informante de ambos.

Polícias corruptos. Polícias seriamente corruptos. Renee, Garnet. Não te esqueças, não te esqueças. Keener. Lembra-te de todos os pormenores, só para o caso de sobreviveres.

Chocada, e com informações bem graves nas mãos, Peabody encontra-se com a sua Tenente, Eve Dallas, na casa desta e do seu marido, Roarke.

Acompanhada por McNab, revela tudo o que ouviu, o que deixa Dallas num rebuliço, pronta para a ação.

Juntando uma equipa de confiança, e partilhando esforços com os Assuntos Internos, mas com total autonomia, têm que elaborar um plano infalível para evitar que escapem, e assim prendê-los a todos, em especial, a Tenente Oberman.

A tarefa tem que ser bem executada, pois Oberman é filha de um dos polícias mais respeitados, o Comandante Marcus Oberman, também conhecido como Santos Oberman, que poderá criar problemas à investigação e polícias que a estão a investigar.

Renee Oberman, é tenente da unidade de Substâncias Ilegais e daí deriva todo o seu poder e dinheiro. Ela e a sua equipa são extremamente arrogantes, desrespeitosos e completamente sem escrúpulos, mas serão suficientemente espertos para driblar Dallas e a sua equipa?

Ela escolheu ser polícia e depois escolheu ser corrupta. Para fazer disso a porcaria de um negócio. Deliberada. Calculista. Quero magoá-la por isso. Quero fazer a escolha, igualmente deliberada, igualmente calculista, de a queimar por isto.

Dallas continua com a sua jornada para capturar Oberman e os seus minions, e fazer dela um exemplo. Porque se há coisa que a Tenente Dallas abomina, é um polícia corrupto e Renee pressiona todos os botões errados de Eve.

Vai ser uma luta aguerrida e desafiadora até ao final, qual das duas sairá vitoriosa?

– Fez dela uma inimiga, Dallas.

– Sempre foi, Comandante. Ela é que não o sabia.

Corrupção Mortal, de J.D. Robb, é um romance policial vibrante, intenso e perigoso, com ações bem calculadas, uma tenente imparável e uma detetive corajosa, aliadas a uma equipa estupenda para arrasar os polícias corruptos que dão mau nome à força policial.



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