cuphead

Cuphead | Nintendo Switch

Uma fábula dos diabos.

Sim pessoal, estou a escrever isto frustrado após uma hora de jogo, de morrer vezes e vezes sem conta, apenas para continuar no mesmo nível e continuar a sentir-me um “nabo”.

Desenvolvido por dois irmãos que há muito sonhavam com um jogo inspirado nos cartoons dos anos 30, finalmente foi criada uma obra-prima como Cuphead.

Comecemos pelo início (desde a implementação na Nintendo Switch). Na primavera de 2019 foi anunciado algo que ninguém esperava, mas que há muito fazia sentido: Cuphead para a Nintendo Switch. Sendo este um port de um jogo apenas lançado para a Xbox e PC, ninguém esperava que esta parceria improvável entre estes dois grandes lobos no mundo dos videojogos fosse acontecer. Porém, como disse, nada mais agradável e prático do que a Switch para que Cuphead se sinta em casa nesta consola. E é isso mesmo que acontece.

Cuphead na Switch roda exatamente como esperado: 60 FPS (embora com alguns, mas poucos, gaguejos), funciona, perfeitamente, on the go e demonstra uns visuais fantásticos, dignos de serem transmitidos nesta consola que tantas críticas positivas tem obtido ao longo dos seus dois anos de existência. Arrisco-me a dizer, inclusive, que é dos, se não o jogo mais bonito alguma vez desenvolvido. E a música? Meu deus… a música neste jogo é linda. Uma banda sonora repleta de faixas que recriam o jazz dos anos antigos, fazendo essa mesma representação de uma forma inigualável, transportando-nos para uma dimensão e era onde as pessoas andavam a cavalo e usavam cartola na rua. Para além disto, houve ainda a introdução de algumas diferenças quanto ao jogo original, não só para aumentar o valor do jogo através da qualidade do trabalho demonstrada, mas também, para ajudar na (já) maravilhosa experiência de quem o jogue. Temos como exemplos notórios destas alterações: as cutscenes animadas, e ainda, a escolha da personagem a jogar – Cuphead ou Magman – aquando a seleção do jogo guardado.

Assim, à primeira vista, Cuphead tem tudo para ser um fantástico jogo, não é?

Sim, mas, não para toda a gente. Cuphead é um título brutal, repleto de desafios a cada canto, obrigando o jogador a estudar e aprender cada movimento do inimigo, morrendo vezes e vezes sem conta – vezes essas que podem ser consultadas num lago acessível no jogo. É realmente um jogo extremamente rigoroso em termos de skill, coisa que um jogador casual pode não ter. Não quero com isto dizer que este tipo de jogador não deva experimentar. Não. Acho, sem margem para dúvidas, que este jogo deve ser jogado por todas as pessoas que tenham a sorte de ter uma Nintendo Switch. Pode, no entanto, ser demasiado duro para jogadores casuais, pois implica uma maior capacidade de luta e conquista por parte deste, perdendo assim a vontade e/ou paciência para sequer pensar em terminar o jogo.

Há ainda alguns reviewers que se queixam de que o jogo não tem altos e baixos em termos de dificuldade, isto é, que existem níveis normais e depois os níveis dos bosses, como no Super Mario. Em vez disso, Cuphead oferece uma variedade de níveis em que, grande parte deles, são constituídos por bosses. No fim de um ser derrotado, há imediatamente um à espreita, pronto para ser desafiado. Dizem – os reviewers – que o jogo acaba por se fazer sentir monótono e não encorajador para com o jogador que acabou de derrotar um boss ao final de 300 tentativas. E isso é verdade. No entanto, este é um jogo que não nos agarra pela mão em qualquer altura e faz  parte do próprio desafio do jogo lutarmos contra cada um destes níveis, sem essa necessidade de “parabéns”.

Claro, não é para o casual, mas sim para um jogador que goste de pôr à prova as suas capacidades. Até onde podem elas ir? Será que aguentam o desafio? Desafio-vos a comprarem o jogo e dizerem-me, aí em baixo, nos comentários! 😉

 

Prós:

  • Gráficos semelhantes a desenhos animados dos anos 30, suscetíveis de serem considerados obras-primas;
  • Imensos bosses para derrotar que colocam à prova todo e qualquer jogador;
  • Banda sonora magnifica;
  • Barato para o conteúdo que oferece e as horas de jogabilidade.

Contras:

  • Nada a apontar.

 

N.º de Porta:
10/10



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