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“Dias de Vinho e Rosas” – Artistas Unidos

Muito Amor e Álcool. Até 25 de Fevereiro no Teatro da Politécnica.

A nova peça no Teatro Politécnica – Jardim Botânico, “Dias de Vinho e Rosas” de J.P. Miller, versão de Owen McCafferty, estará em cena entre 18 de Janeiro e 25 de Fevereiro, com encenação de Jorge Silva Melo.

“Dias de Vinho e Rosas” é uma peça de muito álcool e muito amor. A história parece simples, um casal que se encontra no terminal de partida do aeroporto apaixonam-se, casam e tem um filho… Depois vem o problema com o álcool.

Donal e Mona, com cerca de 25 anos, são Irlandeses de Belfast. Têm ainda em comum uma viagem para Londres. Apaixonam-se no aeroporto e, talvez por não conhecerem mais ninguém, apoiam-se um ao outro.

A paixão de Donal, além da bela Mona, são os cavalos, principalmente o Arkle. Arkle é o seu cavalo, o campeão. Enquanto Donal trabalha na escrita e nas apostas, enquanto vai beber uns copos com os amigos, Mona espera-o em casa. Ele trabalha, ela arruma a casa. Espera-o para que, finalmente, possa ter uma alegria no dia, para beberem juntos e divertirem-se, bebendo… sempre…

Tudo é completamente apaixonante… são jovens, amam-se, vivem juntos, um para o outro… bebem, divertem-se… mas nada é perfeito durante muito tempo.

O patrão de Donal diz-lhe para ir para casa, para tirar umas férias, porque anda a beber de mais. Quando Donal chega a casa enfrenta Mona e diz-lhe que ambos são alcoólicos. Esta não aceita. É aqui que se sente, pela primeira vez, uma separação. O que antes era um “nós” de duas pessoas juntas, agora sente-se um ele e uma ela. Ele queria curar-se para não perder o trabalho e toda a vida, ela via a bebida como única alegria de viver. E passa a haver um nós que não se une.

Donal está decidido a curar-se da bebida, Mona não. Separam-se. Mona desaparece.

Ele enfrenta uma grande desilusão e, quando o seu cavalo preferido morre, o Arkle, Donal decide partir.

A criança Kieran conseguirá voltar com o pai para Belfast? Ou conseguirá esta mãe ficar com a sua criança?

Esta é uma peça universal. Quantos casais estão juntos porque não conheceram mais ninguém? Quantos casais criam o seu mundo e se fecharam nele?

É esta a primeira peça realista de Jorge Silva Melo da qual comenta, “É um precipício do que é a vida a dois… o que é um casal que se isola do mundo. Esta peça serve para percebermos como nos amamos uns aos outros e nos matamos sem nos apercebermos. “

Os ensaios começaram a 1 de Novembro e agora pode ser visto o maravilhoso trabalho dos actores Maria João Falcão e Rúben Gomes. Os únicos actores da peça estão em palco cerca de duas horas, sem, no entanto, que o público se aperceba disso. São dois actores sensíveis, com um grande controlo na energia.

Fazem-nos sorrir com eles, fazem-nos arrepiar, fazem-nos parar a respiração… Fazem-nos entrar no seu mundo e gostar de lá estar. Dois actores que se divertem em palco, e principalmente, não se esquecem de sentir.



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