Doc’s Kingdom
O encontro internacional do cinema documental realiza-se em Serpa entre os dias 14 e 19 de Junho.
Depois do enorme sucesso das edições anteriores por onde já passaram nomes importantes do cinema documental internacional (Sergei Dvorstevoy, Rithy Pahn, Pedro Costa, Erika Kramer, Avi Mograbi, entre outros), a edição deste ano promete retomar o debate sobre o estado deste “parente pobre” do cinema bem como aproximá-lo do grande público.
O Doc’s Kingdom é uma oportunidade única para ver alguns dos mais importantes documentários produzidos nos últimos dois anos, falar com os seus realizadores num ambiente informal de debate, pensar as questões das tendências e linguagens no cinema, descobrir jovens realizadores. Cada jornada inclui a exibição de filmes de vários cineastas e debate colectivo.
Participam no Doc’s Kingdom realizadores, profissionais do cinema, investigadores, estudantes de cinema, artes e ciências sociais e público em geral.
A realização deste festival na vila de Serpa no coração Alentejano é também uma forma de dinamizar uma região que durante todo o ano é praticamente esquecida no que diz respeito a eventos culturais.
Aqui fica toda a programação:
14 de Junho, terça-feira
Profils Paysans: L’Approche, primeiro episódio do tríptico de filmes Profils Paysans, do prestigiado realizador e fotógrafo francês Raymond Depardon estará em destaque na noite de abertura do seminário. Está ainda prevista a projecção de Fugir atrás do olhar, um projecto que remete para as imagens que Alexander Gerner tem recolhido em Serpa desde 2002.
15 de Junho, quarta-feira
A temática da ruralidade dá o mote no segundo dia do seminário. Raymond Depardon regressa com mais um tomo do seu tríptico cinematográfico, agora com o segundo episódio da série Profils Paysans: Le Quotidien.
Maya Rosa vem a Serpa apresentar o seu primeiro documentário No Jardim do Mundo, bem como o realizador-fotógrafo italiano Giuseppe Morandi com a série de filmes I Paisán sobre os camponeses da sua região natal. Pierre-Marie Goulet regressa ao Doc’s Kingdom com fragmentos do seu filme Encontros, que irá formar um díptico com o seu anterior filme “Polifonias – Paci è Saluta, Michel Giacometti”.
16 de Junho, quinta-feira
Sob o signo das barragens, os realizadores Li Yifan com Before the Flood (China),o realizador-fotógrafo franco-sírio Mohamad Al Roumi com Bleu Gris e Catarina Mourão com A Minha Aldeia Já Não Mora Aqui
(projecção ao ar livre na Aldeia da Luz), apresentarão pessoalmente as suas obras no terceiro dia do seminário.
Ainda a 16 de Junho, a Associação Cultural “Os Filhos de Lumière” vai apresentar um conjunto de filmes realizados no quadro do atelier O Primeiro Olhar, por jovens de idades entre os 10 e os 16 anos.
17 de Junho, sexta-feira
Susana Sousa Dias com Natureza Morta, a realizadora tailandesa Sasithorn Ariyavicha com Birth of the Seanéma e Joaquim Sapinho com a primeira versão de trabalho do filme Diários da Bósnia (título provisório), são as presenças mais aguardadas no quarto dia do seminário.
À noite a Praça de Serpa vai transformar-se pela primeira vez em sala de cinema ao ar livre para assistir à estreia nacional de El Milagro de Candeal de Fernando Trueba, um filme sobre o projecto do músico brasileiro Carlinhos Brown na Baía e o músico cubano Bebo Valdez.
18 de Junho, sábado
Ao início do dia, a realizadora espanhola Mercedes Alvarez apresentará o seu filme El Cielo Gira que retrata a passagem do tempo sobre a paisagem e as gentes da sua aldeia natal. Para a tarde, é proposto um formato de debate diferente, os filmes Lifeline de Victor Erice (ficção da série Ten Minutes Older: The Trumpet), FIVE de Abbas Kiarostami e End e Life de A. Pelechian serão discutidos com o realizador espanhol Victor Erice.
19 de Junho, domingo
Antes do debate final que dará por encerrado o seminário, os realizadores Saguenail e Regina Guimarães apresentarão o segundo episódio da série O Nosso Caso, intitulado A Terra Prometida. A partir de imagens de filmes portugueses, A Terra Prometida é um ensaio de crítica etacinematográfica sobre o cinema português no último quartel do século XX.
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