Eels | “Wonderful, Glorious”

Eels | “Wonderful, Glorious”

Uma nova linguagem

Mark Oliver Everett, mais conhecido por E, está de volta com “Wonderful, Glorious”, o 10º álbum da carreira dos Eels, editado a 5 de Fevereiro pela Vagrant Records. É também o primeiro depois de completar a sua trilogia de 2009/2010: “ Hombre Lobo”, “End Times” e “Tomorrow Morning”.

Disponível em formatos de CD com 13 temas, CD duplo deluxe de 26 temas e uma edição em laranja de um vinil duplo de 10 polegadas, o registo pode também ser ouvido em streaming em plataformas como o Soundcloud. O registo foi gravado no novo estúdio de E em Los Feliz, Califórnia, com a colaboração de The Chet e P-Boo (na guitarra), koool Murder G (baixo) e Knuckles (bateria).

Desta feita, o tom intimista foi esquecido; E rodeou-se dos restantes membros dos Eels e, através de jams no estúdio, compuseram um álbum mais visceral, permeado por um sentimento desafiante e afastando o conformismo negativo normalmente presente nas histórias do músico.

Desde o começo com «Bombs Away», e as suas guitarras fuzzy aliadas a um som enorme de bateria e vozes distorcidas, percebe-se que deste álbum só se pode esperar o inesperado. Passando por um rock de garagem sujo com veia blues em “New Alphabet” (o primeiro single), para a inesperada canção «Country Accident Pron», a escrita é diversa, criativa e inteligente, tendo o dom de conseguir alternar entre texturas diferentes mas mantendo um flow contagiante e eclético.
Os estilos variam; enquanto «Kinda Fuzzy» é uma balada simples e minimalista, «Wonderful, Glorious» transpira soul com as suas harmonias vocais e groove psicadélico.

Mark e os seus Eels executam de forma electrizante uma catarse tribal, metáforas de uma vida atribulada de um homem que não está pronto para atirar a toalha ao chão, de um homem que quando sente que o mundo não faz sentido decide inventar uma nova linguagem.



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