EST – Esbörn Svensson Trio
Directamente da Suécia para o Mundo.
O EST é diferente. E o som que faz também. Directamente da Suécia para o mundo, Esbjörn Svensson (piano), Magnus Öström (bateria) e Dan Berglund (contrabaixo), conseguiram misturar tendências tão diversas como música clássica, breakbeat, pop, rock, funk, electrónica, num novo estilo inominável com o jazz como fio condutor.
O adjectivo que melhor os descreve é sem dúvida ORIGINAL. Por vezes basta uma nota como ideia para um tema. A individualidade de cada músico faz o resto, num todo que é muito mais que a soma das suas partes.
Oficialmente juntos desde 1993, Esbjörn e Magnus são já amigos de longa data. Foi juntos que cresceram e juntos começaram a interessar-se pela música. As primeiras jams, sem professores ou pautas, começaram quando Magnus comprou o seu primeiro drum set.
Esbjörn queria ser baterista, mas acabou por optar pelo piano, uma vez que duas baterias não lhes permitiam construir o seu som. A mãe já tocava piano clássico, o pai tinha uma paixão pelo swing e foi neste ambiente que Esbjörn cresceu, ouvindo a rádio do final dos anos 70, inícios de 80, quando era ainda adolescente. As primeiras bandas no liceu, as aulas de piano durante 3 anos, depois a Universidade de Estocolmo e influências como Chick Corea, Keith Jarret ou Jan Johansson, moldaram a sua perspectiva muito pessoal sobre o som que queria fazer.
Em meados dos anos 80, é já um músico respeitado nos meios suecos e dinamarqueses. Em 1990 forma o seu primeiro trio, mas só em 1993 conhece o Berglund, numa actuação que ambos fizeram, surgindo assim o EST. E logo em 1993 lançam o primeiro álbum “When Everyone has Gone”, (pela Diesel Music sueca, uma editora essencialmente pop).
Em 1995 surge um álbum ao vivo, “Mr. E Mrs. Handkerchief” pela Prophone, mais tarde lançado no resto da Europa como “EST Live ‘95”. A partir daqui, foi uma avalanche de sucessos, fãs e prémios (Swedish Jazz musician of the year – 1995, Songwriter of the year – 1998, e o álbum de 1997, “Winter in Venice”, galardoado com o Grammy sueco) até atingirem o reconhecimento internacional, com o álbum “From Gagarin’s Point of View” lançado em 1999, pela alemã ACT, e que serviu de trampolim para participações em festivais como o de Montreal ou Jazzbaltica.
Em 2000 “Good Morning Susie Soho” representa o último passo para uma fama mundial, com aparições nos EUA e em todos os principais festivais europeus. Em 2002, “Strange Place for Snow” merece uma World Tour, passagens pelas principais cidades americanas (New York, Chicago, Washington, Seattle, San Francisco, L.A.), canadienses (Toronto, Vancouver, Montreal) e até japonesas, para além da Europa é claro.
Na Europa, o reconhecimento é generalizado, com prémios como o “Victoire du Jazz” francês ou o “German Jazz Award”. A realizadora e actriz, Marina de Van (8 mulheres” escolheu-o também como banda sonora do seu filme “Dans ma Peu”.
Portugal teve a oportunidade de ver EST ao vivo na Aula Magna, no passado mês de Março mas, infelizmente o concerto foi anulado por motivos que desconheço. Para compensar, foi lançado o DVD “EST Live in Stockholm” em Abril, acredito que para aplacar os fãs portugueses, incluindo eu próprio. Comprei-o. Vi-o. Ouvi-o. A minha ira foi aplacada.
– Texto Redigido por João Fernandes –
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