Estoril Jazz
O Verão é sinónimo de muito jazz e o Estoril vai assistir a uma enorme parada de estrelas de 3 a 11 de Julho.
Ah, o Verão, o Verão… O calor, a praia e curiosamente o jazz. A projazz|dmpr traz no seu 15º aniversário mais uma vez, com o Estoril Jazz – Jazz num dia de Verão, o 23º desfile de estrelas nacionais e internacionais do jazz ao Auditório do Parque Palmela (Cascais). Duarte Mendonça, incansável, comemora os seus 30 anos de produção de jazz, sendo a merecida homenagem feita com dois concertos (um no Hot Club, outro no Estoril Jazz – JPDM – Jazz para Duarte Mendonça), o lançamento de uma foto e videografia sobre a sua vida e obra, e uma retrospectiva fotográfica e videográfica na FNAC de Cascais (Os anos do Cascais Jazz, 15 anos de Estoril Jazz, 15 anos de Galp Jazz). De 3 a 11 de Julho, o elenco compreende nomes como Branford Marsalis, Bill Evans ou Kenny Garret, com o saxofone a liderar numa edição ambiciosa e tão especial.
Dia 3, pelas 19.00, a abertura fica a cargo de Mark Shim, jovem saxofonista com raízes jamaicanas, com um tributo ao mítico Joe Henderson que, lembre-se, participou na edição de 93. O seu trio, com Mark Helias no contrabaixo e Jonathan Blake na bateria, promete um dos muitos momentos altos do festival.
Dia 7 de Julho, pelas 21.30, o quarteto de Kenny Garret, com o próprio em carne e osso, antigo sideman de nomes como Art Blakey, Freddie Hubbard, Miles Davies ou Woody Shaw. Com Carlos McKinney no piano, Kris Funn no contrabaixo e Ronald Brunner na bateria, o saxofone de Kenny é incontornável. Um regresso a Portugal, depois de em 1989 se apresentar nos palcos portugueses ao lado de Miles.
O Quarteto de Branford Marsalis no dia 8, pelas 21.30 é cabeça de cartaz. O irmão de Wynton Marsalis, mais uma vez no saxofone, instrumento de eleição deste Estoril Jazz, tem também um currículo ideal, tendo tocado com ilustres como Art Blakey, Miles ou Herbie Hancock. Com Joey Calderazzo no piano, Eric Revis no contrabaixo e Jeff “tain” Watts na bateria, um génio da vanguarda do jazz.
Na sexta-feira, dia 9, pelas 21.30, Cascais recebe The Randy Brecker/Bill Evans Soulbop Band, uma banda genial, sem registos ainda em CD, que só pode ser sentida ao vivo. Os maestros, Randy Brecker no trompete e Bill Evans no saxofone tenor e soprano, mestres do jazz mundial, dispensam qualquer comentário. Um projecto jovem, de 2003, com Hyram Bullock na guitarra, Dave Kikoski no piano, Victor Bailey no contrabaixo e Steve Smith na bateria.
Dia 10, 19.00, a Clayton-Hamilton Jazz Orchestra é a melhor Big Band do Mundo. Desde 1985 a rolar, quando o baterista John Clayton e o contrabaixista Jeff Hamilton se reuniram, Portugal tem a hipótese, quase 20 anos depois, de ouvir ao vivo o melhor swing dos últimos tempos. Com as All Star de LA a constituir o resto da Big Band, John Clayton arranja, dirige e encanta.
Para fechar, o habitual Jazz at Palmela Park, inspirado do Jazz at the Philharmonic, uma jam session de estrelas. Lewis Nash escolheu o conjunto estrelado, com Bill Cunliffe no piano, Eric Alexander no saxofone tenor, Peter Washington no contrabaixo, Vincent Herring no saxofone alto, Wycliffe Gordon no trombone e Lew Soloff no trompete. Um fim memorável. Foi assim que o jazz nasceu.
Os concertos iniciam-se pelas 21.30, excepto no fim-de-semana, quando são antecipados para as 19.00. O preço dos bilhetes oscila entre os 15 e os 25 euros, dependendo do dia, e é possível fazer um assinatura dos 6 dias de concertos (60 euros). À venda nos lugares habituais e no Parque Palmela, no próprio dia do concerto, a partir das 18.00. Parabéns Estoril Jazz! A prenda é nossa.
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