Feist_Coliseu_Lisboa-19

Feist @ Coliseu dos Recreios (21.09.2023)

Memorável!!!

,

Texto por Tiago Cecílio e fotografia por Graziela Costa.

Com toda a sua simplicidade, voz e interpretação, senhoras e senhores: Um conto de fadas chamado Leslie Feist.

Uma boa definição para conto de fadas consiste numa história curta de alguns actos, onde o nosso mundo real se mistura com o mundo imaginário.

Foi nesta espécie de mundo imaginário que a artista canadiana nos trouxe a sua realidade, no Coliseu dos Recreios.

A noite começou com uma espécie de caça ao tesouro, onde a artista filmou os seus passos com um telemóvel e fez um jogo do que tens calçado até chegar ao palco “secundário” do Coliseu, localizado numa espécie de palco 360°.

No primeiro acto trouxe-nos músicas em acústico, em que cada detalhe e sentimento foram filmados pela lente de Jeremy mais á frente. As primeiras palavras surgiram para dizer-nos que não sabia falar português e que todos compreendiam o inglês. Com referência à pandemia e ao lugar onde nos deixou, «Mushaboom» colocou-nos do lado da artista através da harmonia presente na sala. No fim da canção deu-se frase da noite “The Egor Of The Hands Is Not The Right One”. «The Redwig» cantada à guitarra e com ajuda de fotografias partilhadas pelo público que os ajudaram durante a pandemia a superar todas as dificuldades.

O primeiro acto terminou com um poema do caderno de capa preta de Feist após momentos de muito respeito, melodia e união. As primeiras sete músicas poderão ser um verdadeiro remédio para um dia chuvoso e turbulento.

Assim de seguida, o segundo acto teve uma dose tripla de uma assentada com «A Commotion», «I Feel It All» e «My Moon My Man» ajudaram a cimentar a mudança para um acto seguinte. Esta sequência foi cantada em uníssono com o publico que demonstrou grande á vontade e conhecimento de todo o trabalho da canadiana.

«Any Party», talvez um dos pontos altos da noite contou com a introdução de que tudo o que não disseram á pessoa ao vosso lado ou que vos rodeia, eu digo por vocês.

Os dois encores trouxeram-nos «Of Womankind», «Love Who We Are Meant To» e a brilhante «Gatekeeper» conjugando uma falsa teatralidade em que a artista anunciava a sua saída precoce e sempre com jogos de luzes espelhados por um enorme pano de fundo branco.

Neste concerto e após um longo desgaste por esta tour, Leslie Feist trouxe-nos magia, harmonia e o público português respondeu com afeto e carinho num concerto épico que elevou a escala para se tornar num dos melhores do ano.



There are no comments

Add yours

Pin It on Pinterest

Share This