Felix Da Housecat
Mais uma oportunidade de dançar ao ritmo das novas tendências do “electro” com este músico de Chicago. A não perder no Lux.
É já no próximo dia 18 de Março que será possível ver e ouvir ao vivo um dos maiores nomes da música de dança da actualidade no sítio do costume, o Lux.
Já não é novidade para ninguém que a música de dança está a sofrer várias mutações e que as influências são inúmeras no que diz respeito às sonoridades praticadas. Muitos produtores de house e Techno mais puristas têm vindo a “sofrer” as consequências desta “mutação” e, aproveitando aquilo que de bom se fez nos últimos vinte anos, dando uma roupagem diferente a sonoridades do fim dos anos setenta e de toda a década de oitenta.
Felix Stallings Jr. nasceu em Illinois no ano de 1972 e teve a sorte de começar o seu percurso musical com a ajuda de um dos mestres da música de dança dos anos oitenta, DJ Pierre. Com a ajuda deste aclamado músico de Chicago, Felix lançou o seu primeiro single “Phantasy Girl” em 1987 com apenas 15 anos. Depois de algumas parcerias com Pierre e o lançamento de alguns temas em conjunto, Felix foi obrigado a suspender as suas actividades como músico para se dedicar aos estudos.
Depois de alguns anos, Felix regressa a Chicago, onde volta a mixar e a produzir, principalmente, temas de house através de várias editoras. Em 1992 surge o seu primeiro grande “hit” através da Guerilla Records, “Thee Dawn”. A sua popularidade começa a subir na Europa e os temas que se seguiram (“By Dawn’s Early Light” e “Thee Industry Made Me Do It”) ajudaram a cimentar esse sucesso e reputação.
Uns anos mais tarde, Stallings decide criar a “Radikal Fear Records”, uma das editoras de House com maior sucesso em todo o mundo, muito por culpa de artistas como Mike Dunn, DJ Sneak e o próprio Felix. Como músico, sempre adoptou diversos nomes e foi como “Thee Maddkatt Courtship” que Felix lançou o seu primeiro trabalho de longa-duração entitulado “Alone in the Dark”. A partir dessa altura nunca mais lhe faltou trabalho e os álbuns, produções e re-misturas traduziam essa mesma disponibilidade para trabalhar.
A sonoridade de Felix foi evoluindo ao longo dos anos e um marco importante para o movimento “electro” foi a edição de “Kittinz and Thee Glitz”, um álbum que juntou Felix e a francesa Miss Kittin, assim como vários convidados dos dois lados do atlântico, que os ajudaram a compor um registo que ficará para sempre na história da música de dança em geral e do “electro” em particular. São dezasseis faixas que aproveitam os sons electrónicos do início dos anos oitenta, trazendo maior “glamour” aos sons do século XXI. Se Felix já era uma estrela em ascensão no panorama musical mundial, este registo disparou irremediavelmente a sua popularidade um pouco por todo o mundo tornando-se um marco essencial para todo o movimento “electro”.
É já no próximo dia 18 de Março que será possível ver e ouvir ao vivo um dos maiores nomes da música de dança da actualidade. O local é o do costume e a festa e casa cheia está prometida. A não perder.
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E a casa esteve mesmo cheia. Lembro-me que na parte de cima esteve o Arthur Baker a passar som, e foi muito bom também, com muitos clássicos à mistura (lembro-me de ter ouvido Human League e Freeeze) tendo o Felix passado bastante tempo na cabine com ele antes de ter ido para a pista de baixo.
O Felix foi uma loucura, grande set. Lembro-me de um edit marado ao La Rock 01 do Vitalic que pôs a malta em delírio. Entretanto já tive a oportunidade de ouvir o set dele naquela festa "branca", e, apesar de não ser mau, esteve muito aquém desse set no Lux. Mas o público decididamente não era o mesmo, e entretanto passaram 5 anos, e as coisas mudam, e nem sempre para melhor…