Festa Bizarre
No dia 12 de Dezembro, irá decorrer no Café Concerto Santiago Alquimista em Lisboa a festa do 4º Aniversário da Mondo Bizarre.
A “Mondo Bizarre” é uma publicação trimestral, de distribuição gratuita, dedicada essencialmente à divulgação de música, mas abrangendo também a banda desenhada, o cinema e os livros debruçando-se ainda sobre as culturas alternativas. Com quatro anos de existência, a “Mondo Bizarre” conseguiu impôr-se devido ao seu interessante e diversificado conteúdo e a um grafismo apelativo, tornando-se na mais respeitada das revistas independentes nacionais.
Para festejar o quarto aniversário, irá ser realizada uma festa/concerto no Santiago Alquimista em Lisboa onde podemos assistir a actuações ao vivo dos X-Wife, More República Masónica e Old Jerusalem, para além de um DJ set de Barry 7, um dos elementos dos Add N To (X).
Os X-Wife estão neste momento em grande destaque no panorama musical português, muito devido à grande popularidade do vocalista e principal mentor do projecto, DJ Kitten. O seu som actualíssimo, mistura de electro e punk-rock, a sua pose aguerrida ao vivo, a entrega com que dão cada concerto, fazem dos X-Wife uma das bandas do momento. O concerto deverá ser preenchido com os temas do álbum “Feeding The Machine”, o primeiro registo de originais da banda.
Se para os X-Wife, o ano de 2003 foi um ano bastante importante e decisivo na carreira da banda, o mesmo podemos dizer de Old Jerusalem e dos More República Masónica. Foi o ano do regresso dos More à edição discográfica e o ano de nascimento de mais um grande cantautor português.
Old Jerusalem é o nome artístico de Francisco Silva, que no início de 2003 surpreendeu a crítica e os amantes de música portugueses com “April”, um álbum de estreia no qual, não escondendo as suas referências, mostra uma sonoridade e um universo lírico personalizados e cativantes. Um álbum que chegou como um balão de ar fresco à música portuguesa e que marcou o ano de 2003 criando grandes expectativas acerca do trabalho do projecto. “O álbum foi muito bem recebido e referido em vários meios, o que, tratando-se, como é o caso, de uma pequena edição independente, constituiu uma surpresa.” Quem o diz é Francisco Silva com o qual trocámos algumas impressões sobre o ano de 2003 e sobre o concerto de dia 12 de Dezembro, onde serão apresentados vários temas novos, criando assim “um concerto “híbrido”, com canções novas na mesma proporção das já editadas”.
O futuro do projecto passará em primeiro lugar pela participação na 3ª compilação “Acuarela songs”, comemorativa do 10º aniversário da prestigiada editora madrilena Acuarela Records, que contou em edições anteriores com nomes como Lee Ranaldo, Mojave 3 e Howe Gelb, “O tema de Old Jerusalem foi já gravado e enviado e a edição sairá talvez no início do próximo ano, embora não tenha informação concreta sobre isso nesta altura”.
Quanto a um novo registo discográfico, Francisco Silva apenas pode garantir que a sua data de edição “será seguramente durante o próximo ano”, estando os temas a serem compostos e programados. Sem dúvida que o lugar já está marcado para umas das maiores esperanças da música portuguesa que não se incomoda com o facto de ser rotulado de “cantautor”, até porque como o próprio afirma “sou um autor de canções que as canta”.
Nascidos no final de 1988, os More República Masónica são das mais sólidas e apelativas bandas rock do panorama nacional, combinando a força e a potência do rock com momentos de intimista melancolia, num todo arrojado e dinâmico. Este foi um ano bastante importante para a banda que finalmente regressou aos originais, com uma iniciativa bastante interessante em parceria com o jornal “Blitz”. O álbum “Permanent Revolutions” foi exclusivamente lançado com o jornal, a um preço bastante convidativo, o que para a banda “ foi um sucesso porque o cd chegou a muitas mais pessoas que o habitual e vendeu-se muito mais que os nossos álbuns anteriores”.
Na breve troca de ideias com Jorge Dias ficámos a saber que no concerto de dia 12 iremos poder contar com alguns dos temas mais antigos e com uma participação bastante especial, “planeamos ainda ter a presença do Mário Gil, que foi o primeiro guitarrista dos More”. O ano do More foi bastante positivo mas pecou nas apresentações ao vivo dos temas que compõem “Permanent Revolutions”. “Infelizmente não tivemos muitos concertos ao vivo, o que é pena porque penso que estas novas canções funcionam bem em concerto”.
O futuro mais próximo dos More está reservado para os concertos e para “um projecto paralelo que poderá vir a acontecer no próximo ano”. Vale a pena redescobrir uma banda histórica do rock alternativo português que espreitam o futuro com bastante optimismo, “Achamos que ainda podemos fazer muito mais”.
Fica aqui o convite para estarem todos presentes para soprar as velas do 4º aniversário da Mondo Bizarre e ver e ouvir boa música portuguesa, numa festa onde ainda será possível dançar ao som dos discos misturados por Barry 7.
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