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Festival MED – dia 3 (02.07.2022)

A última noite a todo o gás do Festival MED levou mais uma vez uma vasta multidão ao centro de Loulé, que foi desaguando pelas múltiplas entradas entretanto adicionadas para minimizar os tempos de espera de quem estava sedento por música refrescante e animação.

Iniciámos a noite com uma visita ao Palco Castelo, onde O Gajo tinha já o seu espectáculo em andamento, perante uma plateia super composta e bastante entusiasta da sua sonoridade. Acompanhando a sua viola campaniça por contrabaixo e bateria, João Morais foi visitando todas estações duma discografia que se tem movido a todo o vapor. O Gajo continua a manter este seu projecto bem fresco, sempre com elementos e ideias novas a sustentá-lo de forma interessante, injectando sempre no público a vontade de voltar a cruzar-se com ele em breve.

Quem também começou de forma entusiasmante a sua performance foi Rodrigo Cuevas, que chegava a Loulé repleto de boas referências, e que de facto ia confirmando-as sempre que chegava a altura de interpretar as suas canções. O intérprete de Oviedo revisita de forma muito cuidadosa e artística diversos cancioneiros gerais espanhóis, porém acabou por abusar dos interlúdios entre músicas, durante os quais ia explicando diversos elementos da sua música, mas alongando-se demasiado para a fluidez mínima que um concerto (ainda para mais inserido num festival) deve apresentar.

Por sua vez, Victor Zamora & Sexteto Cuba comunicaram de forma perfeita com o público que povoou o Palco Cerca durante o seu espectáculo. O colectivo cubano foi dançando por entre várias décadas da música da sua ilha, que claramente possui imensos fãs em Portugal, conforme ficou novamente provado no Festival MED. As versões continham muitas vezes trechos de improvisação, quer por parte dos diferentes músicos e instrumentos em palco, como também vindos dos vocalistas, com José Debray a evidenciar-se neste capítulo.

Antes do verdadeiro after de Sylva Drums em pleno Palco Matriz, Scúru Fitchádu emanou toda a potência do seu som no Palco Chafariz. Num claro episódio do chavão “primeiro estranha-se, depois entranha-se”, a fusão futurista entre ritmos africanos, electrónica e um inesgotável espírito punk, o projecto imaginado por Marcus Veiga foi colocando em completo alvoroço a plateia que foi sendo naturalmente seleccionada pelos seus poderosos temas.



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