Festival Sons em Trânsito

A 4ª edição surge agora dividida entre Aveiro, Famalicão, Vila Real e Bragança. Entre os dias 24 de Novembro e 3 de Dezembro.

Festival Sons em Trânsito – A 4ª edição surge agora dividida entre Aveiro, Famalicão, Vila Real e Bragança. Entre os dias 24 de Novembro e 3 de Dezembro

Está de volta o Festival Sons em Trânsito, um dos maiores eventos de world music nacionais. Desta feita, a 4ª edição deixa de estar confinada a Aveiro e espalha-se por Famalicão, Vila Real e Bragança entre os dias 24 de Novembro e 3 de Dezembro. O destaque este ano vai para aquela que é considerada a lenda viva do folk, June Tabor.

Além de June Tabor, o Teatro Aveirense acolhe ainda, a 2 de Dezembro, a música de Toumani Diabaté, “príncipe” da kora, um instrumento africano semelhante a uma harpa e a uma guitarra, do etíope Mahmoud Ahmed, do paquistanês Faiz Ali Faiz e os sons do brasileiro Celso Fonseca. A representar a música portuguesa estará o experimentalista Vítor Gama e o quarteto de concertinas Danças Ocultas.

Depois de Toumani Diabaté ter actuado no África Festival em Lisboa no passado mês de Julho, o música regressa agora a Portugal, desta feita acompanhado pela Symmetric Orchestra, formada por alunos do conservatório de música da capital, Bamako, que apresenta em estreia mundial temas do novo álbum, a editar em Fevereiro de 2006.

Mahmoud Ahmed, uma das vozes da música etíope, é por sua vez um estreante no nosso País. Depois de, recentemente, ter obtido um importante reconhecimento do seu trabalho fora da Etiópia pelo registo “Ere Mela Mela”, que reúne trabalhos gravados na década de 1970 no seu País de origem e lançados na Europa em 1986, o músico actua no Teatro Aveirense no dia 1 de Dezembro.

Do Paquistão visita-nos o cantor Faiz Ali Faiz, considerado o herdeiro de Nusrat Fateh Ali Kahn, do músico norte-americano Corey Harris e da Armenian Navy Band, projecto criado pelo percussionista Arto Tunçboyacian, que se autoproclama como “avant garde folk music”.

O brasileiro Celso Fonseca regressa para apresentar o seu novo trabalho “Rive Gauche Rio” a quem se juntam os portugueses Vítor Gama, nome da música experimental nacional feita a partir de pesquisas sonoras e metamorfoses de instrumentos, e o quarteto de concertinas Danças Ocultas, oriundos de Águeda, que comemora dez anos de carreira e com o desafio de preparar um espectáculo com vários dos convidados que integraram o último álbum, “Pulsar”, com o objectivo de gravar um disco ao vivo.

O último dia de festividades reserva aquela que reúne à sua volta as maiores expectativas em torno da 4ª edição do Festival Sons em Trânsito. June Tabor regressa a Portugal com um disco fresquinho, “At the Wood’s Heart”, que conta com a participação especial de Martin Simpson e Andy Cutting e reinterpretações de clássicos como «Do Nothing ‘Till You Hear From Me» de Duke Ellington, ou de conhecidos cantautores britânicos como o tema «The Cloud Factory» de Bill Caddick. O alinhamento do espectáculo deve ainda contar com temas do recentemente editado “Always”, uma caixa de quatro discos que reúne em si trinta anos de carreira em cerca de trinta temas, incluindo raridades, temas ao vivo e nunca antes editados.

Considerada para muitos uma das melhores intérpretes femininas de música popular britânica, June Tabor é dona de arrepiantes e emocionantes qualidades vocais, bem como de uma enorme vontade para experimentar novas sonoridades e interpretar obras de compositores contemporâneos. A partir do disco “A Quiet Eye”, June consegue cruzar com sucesso algum do património tradicional britânico com parte da história da música popular do século XX. Ao longo da sua carreira, tem também (re)interpretado músicas de artistas como Elvis Costello, Joni Mitchell ou Velvet Underground, dando-lhe uma outra beleza.



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