Final Fantasy XIV: Stormblood | Análise
Mais um passo na direcção certa para se tornar, cada vez mais, uma referência no género...
Já por várias vezes Final Fantasy XIV conseguiu provar não só a sua capacidade de se reinventar a si próprio enquanto jogo, como ao próprio género MMO e que a forma como a subscrição paga pelos utilizadores continua a ser a forma mais viável de consolidar um jogo no género. Isto, não só ao nível financeiro como naquilo que oferece aos jogadores na forma de conteúdo para explorar. A expansão Stormblood é mais um passo nessa direcção, num jogo que a Square Enix de forma determinada afirma que veio para ficar, oferecendo conteúdo único a todos os jogadores que continuam a povoar os servidores do mundo de Eorzea. A história de Stormblood assume, como já havia sido feito em Heavensward, um papel central e é esse o factor que faz a diferença em Final Fantasy XIV. Mais do que uma forma para fazer os jogadores cumprirem objectivos aleatórios, missão após missão, a história de Stormblood é interessante, numa fórmula muito ao estilo das campanhas principais de outras entradas numeradas da saga sem a componente multijogador.
Em Stormblood, duas cidades-estado, Ala Mhigo e Doma, esforçam-se para se libertarem da opressiva ocupação do império Garlean que já dura há décadas. Todas as tentativas da resistência têm sido completamente destruídas e quando o Warrior of Light (o jogador) e os seus companheiros entram em contacto com a Doman Liberation Front, toda uma nova esperança aparece para a libertação daquelas cidades-estado oprimidas. A premissa inicial é muito ao estilo Final Fantasy, quando um grupo de heróis se junta para lutar contra um império, na típica batalha do bem contra o mal. Mas a verdade é que tudo ganha contornos bem interessantes quando vemos algumas facções a aceitarem o domínio do império, mediante algumas condições, enquanto outras preparam uma revolução no isolamento. Não queremos revelar demasiado mas é ponto assente que a expansão traz narrativa quanto baste para satisfazer os mais fãs mais acérrimos de uma boa história num MMORPG.
Com Stormblood chegam sete novas zonas, repletas de coisas para ver e fazer, e os cenários são simplesmente deslumbrantes. Desde edifícios que fazem lembrar a arquitectura japonesa mais contemporânea, a outros que remontam a um Japão mais feudal. Outras zonas exploram mais a vertente natural, como as montanhas e ilhas. É nos espaços aquáticos que chega uma nova vertente a Final Fantasy XIV: a hipótese de finalmente poder nadar longas distâncias e explorar o que se esconde debaixo de água (embora apenas numa das zonas novas). É também nestas novas zonas que chegam as novas dungeons, algumas com batalhas bastante diferentes e que ficam na nossa memória ao explorarem mecânicas bastante criativas. Da mistura desta vertente mais inovadora com o lado mais clássico, que sempre é a base em Final Fantasy XIV, surgem os confrontos mais interessantes nas dungeons. Stormblood é exímio nesta componente! Com os dois novos jobs, o Samurai e o Red Mage, dois damage dealers puros, fica tudo ainda mais aliciante, já que introduzem novas formas de combater as ameaças que os jogadores enfrentam em Eorzea. As classes mais antigas ganham também novas habilidades com o level up para além de nível 60, algo que compõe todo o ramalhete para os jogadores veteranos de Final Fantasy XIV. É certo que as novas classes ainda continuam relativamente mais fortes que as restantes, mas o habitual nerf após o lançamento da expansão certamente resolverá o problema. Há também novidades ao nível da árvore de habilidades, com capacidades partilhadas entre os três papéis específicos (tank, dps e healer), tornando-se desnecessário evoluir uma certa classe para desbloquear uma habilidade específica. No entanto, os jogadores apenas poderão ter activado um determinado número dessas habilidades partilhadas. A primeira parte da nova raid (que é só o que está disponível neste momento), Omega, é fenomenal. Esta raid é baseada na dungeon final de Final Fantasy V e as batalhas contra os bosses são aqui a principal referência.
A nova expansão de Final Fantasy XIV, Stormblood, pega em tudo o que este MMO já fazia de bom e consolida-o num título cada vez mais de referência dentro do género. Uma nova história, novas zonas e duas novas classes oferecem todo um excelente conteúdo para explorar e que merece ser experimentado. É incrível o longo caminho que Final Fantasy XIV atravessou desde o seu desastrado lançamento em 2010, até aos dias de hoje com a afirmação da expansão Stormblood que o colocam definitivamente como um dos melhores MMORPG no mercado. Sem fazer alterações drásticas no sistema de jogo, Stormblood aprimora a fórmula bem sucedida e expande-a com uma história muito ao estilo a que a saga Final Fantasy sempre nos habituou. Se este género é a tua praia, Stormblood é uma compra obrigatória!
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