Garnier @ Lux

É para o menino e para a menina !!

Mais uma quinta-feira em grande para os lados de Santa Apolónia. O Lux já nos tem habituado a boas noites de música electrónica com a presença de alguns dos maiores nomes da cena mundial. A noite de 12 de Maio não foi diferente. Desta vez, foi o francês Laurent Garnier que visitou Lisboa e incendiou o piso inferior do Lux, com um set explosivo e bastante eclético, capaz de agradar a gregos e a troianos.

A adesão de público foi extraordinária, enchendo quase por completo os dois pisos do clube lisboeta. Para poder entrar era necessário aguardar numa longa fila, o que já começa a ser habitual nas grandes noites, confirmando que o Lux é neste momento o local mais procurado da noite da capital (pelo menos para um certo tipo de público, aquele que já têm idade para conduzir).

Foi com uma grande vibração que Laurent Garnier foi recebido por parte do público. Quem conhece o trabalho do dj/produtor francês, sabe que os seus sets são sempre imprevisíveis e não seguem à risca os trabalhos de estúdio. Embora tenha editado recentemente um novo trabalho, “The Cloud Making Machine”, Garnier não o trouxe consigo na sua mala de discos e aproveitou para colocar em prática as suas inegáveis qualidades de entertainer, com um set algo pesado, com muitas variações de ritmo e estilo.

O início do set, para a satisfação de alguns e para a indiferença de outros (incluindo eu próprio), foi dominado pelo House e o Techno. Durante praticamente uma hora, o piso inferior do Lux mais parecia o Kremlin e só faltavam aqueles jactos frios de enxofre, para a imagem ficar completa. Felizmente que as pessoas eram bem diferentes.

Após uma pequena visita ao piso superior, que foi recentemente redecorado, as batidas inconfundíveis de LCD Soundsystem comprovavam o volte face do set. Durante praticamente uma hora, o electro dominou completamente as escolhas de Garnier e conseguiu assim captar a atenção dos “luxianos habituais”, que estão cada vez mais ambientados a este tipo de sonoridade.

Depois desta fase mais pesada, o House regressou, embora que acompanhado com bastantes outros elementos, comprovando assim que Laurent Garnier é um dos mais ecléticos djs da actualidade. Durante apenas um set, Garnier não se esqueceu do seu passado e da música que serviu de base para muita da electrónica de hoje e obviamente que não se alheou do presente e do futuro da música de dança.

Mais uma noite para recordar.



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