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Greenberg

O anti-social.

“Greenberg”, que integrou a competição do Festival de Berlim, conta-nos a história de um nova-iorquino de 40 anos, Roger Greenberg (Ben Stiller), que após sair de um hospital psiquiátrico, vai passar uns dias na casa do seu bem sucedido irmão, em Los Angeles. Reencontra-se com amigos do passado, que já não são bem amigos á excepção de Ivan (Rhys Ifans), seu velho companheiro de banda, relaciona-se com Florence (Greta Gerwig), assistente do seu irmão, uma aspirante a cantora, e também ela uma alma perdida. A ante-estreia do filme teve lugar na Culturgest no primeiro dia do IndieLisboa deste ano.

Neste filme assistimos a um novo registo de Ben Stiller, totalmente afastado dos papéis que nos tem habituado ao longo da maior parte da sua carreira – confesso que esqueci-me que era o Ben Stiller – realçando o potencial que este actor ainda tem para explorar.

Stiller interpreta um homem inadaptado que vive á beira da sociedade, perdido, mas sem se preocupar com carreira, família, enfim tudo aquilo que obedece ao padrão de vida da maioria dos cidadãos comuns. Ele não quer fazer “nada” e quer continuar assim mas ao cruzar-se com Florence (Greta Gerwig), actriz que nos transmite uma interpretação natural e cativante, vai estabelecer dentro dele algo que ele lutava para se manter distante, uma ligação humana além das pré-estabelecidas nos seus anos de juventude.

Realizado e escrito por Noa Baumbach (“The Squid and the Whale” de 2005 e “Margot at the Wedding” de 2007) em colaboração com a sua mulher e actriz Jennifer Jason Leigh, que interpreta Ellen, ex-namorada de Roger, “Greenberg” é uma comédia dramática, inteligente, com diálogos bem construídos e personagens elaboradas, que nos faz pensar e olhar para dentro de nós próprios, para as nossas vidas, para tudo aquilo que a maior parte das vezes não queremos analisar e que nos coloca num género de “cegueira social colectiva”, sem nos apercebermos.



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