Greg Wilson
A sabedoria da idade
Começou há mais de 3 décadas, com os seus 15 anos, a misturar mais um amigo. O facto de os pais serem donos de um pub, onde vários DJs tocavam em casamentos e festas impressionou-o e começou a absorver música.
Inicialmente era conhecido pelo jazz funk, que tocou durante os próximos anos, até se tornar residente de um mitico clube o Wigan Pier, conhecido por ser o pilar da cena “Northern Soul”. Nesta altura ser DJ não tinha grande afirmação em acertar batidas, pois como o próprio indica “nós tentávamos, mas simplesmente não tínhamos o equipamento apropriado”. Em vez disso, entre as músicas, os DJs ainda funcionavam como DJ de rádio, dizendo de que música se tratava, em vez de ser algo com pulso permanente. Mas Greg Wilson foi dos primeiros a desligar o microfone, algo que na altura era totalmente contra com a ideia do DJ no Reino Unido, estes corriam risco de serem considerados preguiçosos.
Tornou-se também residente de um clube de Manchester, o Legend, onde ás quartas-feiras mostrava o novo som que vinha de Nova York, de um local intenso chamado Paradise Garage. Assim tornou-se pioneiro em mais uma coisa, no que naquela época se chamava de electrofunk, prototipo aproximado do hip-hop e do funk.
Um pouco mais tarde, em 1983, chegou até a demonstrar isso no programa The Tube, demonstrando como conseguia acertar dois discos e mostrando efeitos possiveis no beatmixing (acertar a batida de um disco com a de outro).
Nesse ano foi convidado para tocar num Club novo, na primeira noite de dança do Club. Era o The Haçienda, onde a noite foi um sucesso e inspiradora, Norman Cook (tambem conhecido como Fatboy Slim) aprendeu no checksound de uma banda a primeira lição de scratch com o Greg.
Depois de tantas coisas importantes decidiu retirar-se. Não o fez pela perca de magia em relação com a música, fe-lo para preseguir outras posições. Tornou-se produtor de projectos como os Broken Glass e dos Ruthless Rap Assassins, entre outros, para além de também remisturar temas para outros artistas.
Só voltou à cena DJ em 2003, onde ainda onde se encontra. Justifica não ter regressado mais cedo com o dominio que nos anos 90 houve por parte superclubs, ele colocou sempre a música em primeiro lugar, e sentia naquela época uma predominancia da imagem e do dinheiro. Não conseguia compreender como as pessoas não valorizavam tudo o que aconteceu antes da explosão rave.
Mas ele não está contra a evolução, simplesmente acha que “os movimentos mainstream tiveram todos começos humildes”, e prefere as salas pequenas e aconchegadas. Hoje, não se considera um fetichista do vinil, toca de laptop em conjunto com a sua velha tape-machine, um forte misto do passado e do futuro. Lançou o segundo volume de uma compilação sua na Tirk, “Credit for the edit” e faz o site Electro funk roots onde espalha a sua paixão e conhecimento relativamente ao género. Ao fim deste tempo, continua apaixonado e dedicado à música que gosta.
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