Guia para o Jameson Urban Routes
O formato:
Desde o ano passado que o Jameson Urban Routes assumiu um formato diferente. O festival estende-se de 24 a 28 de Outubro, dividindo-se em 13 sessões onde podemos ver entre um a três espetáculos, das mais variadas vertentes que a música actual nos tem para oferecer. O espectador pode então comprar bilhetes individuais para cada sessão ou um bilhete diário para todas as sessões de determinado dia. Ao comprar bilhete para qualquer sessão, está também garantida entrada livre para a última sessão (todas com início às 3h00) de todos os dias. Todas as sessões do Jameson acontecem no Musicbox, esse mítico espaço no número 24 da “Rua cor-de-rosa” do Cais do Sodré.
O 1º dia:
A abertura do festival no dia 24 de Outubro deste mês caberá numa única sessão e ficará a cargo de HAVOC, nome que não passará despercebido aos fãs de Mobb Deep, duo incontornável do hip-hop vindo do bairro de Queens, em Nova Iorque (que também viu nascer grupos como os A Tribe Called Quest ou os Run-D.M.C.) e que, após a morte de Prodigy – a outra metade da banda – é-nos relembrado por este artista que nos trará um concerto bem especial.
O 2º dia:
Na primeira sessão do dia 25 de Outubro voltaremos a ver Black Bombaim a convidar um dos grandes do Jazz – Peter Brötzmann – para recriarem um disco lançado no ano passado. Um momento bem raro, a juntar o stoner rock dos barcelenses ao free-jazz do alemão (que até agora teve apenas uma apresentação ao vivo, também em Lisboa mas na Zé dos Bois ). Na primeira parte estará Scúru Ftichádu.
A segunda sessão terá a presença do DJ e produtor britânico Lone que cria o seu ambiente intenso através de uma mistura de techno, hip-hop ou ambiente. Depois disto saltamos directamente para o Clubbing, com Caroline Lethô e Solution.
O 3º dia:
No 26 de Outubro poderemos ver O Terno que serão, talvez a par dos Boogarins, o que de melhor se faz na música independente brasileira nos dias de hoje. Com um álbum novo na manga, “Melhor do que Parece”, o trio de São Paulo vai nos trazer as suas canções bem solarengas e orelhudas, que provavelmente as deixarão a ecoar nos ouvidos do público. A abrir esta sessão poucas bandas fariam mais sentido do que os nossos You Can’t Win Charlie Brown. A turma de Afonso Cabral continua a levar o seu “Marrow”, lançado em 2016, um pouco por todo o lado.
Depois disto, a sessão seguinte é bem dinamarquesa, contando com o veterano duo electrónico/pop Laid Back, responsável por clássicos como «Sunshine Reggae» ou «White Horses», e Captain Casablanca, que é o mesmo de dizer Casper Clausen, vocalista dos Efterklang e Liima. O resto da noite ficará por conta da funkadélia de Xinobi com a ajuda de Da Chick.
O 4º dia:
O grande destaque deste dia 27 de Outubro terá obrigatoriamente de ir para os Black Lips. A banda de rock bem frenético de Atlanta volta ao nosso país 10 anos após se terem apresentado pelos palcos portugueses. Agora, sendo bem mais conhecidos pelo público e, já não sendo necessárias quaisquer introduções, vêm fazer o Musicbox entrar em rebuliço e mostrar-nos o que andaram a fazer nos últimos tempos, com o novíssimo “Satan’s Graffiti or God’s Art”. E se é para rockar, é para rockar. E por cá, não há ninguém que o faça melhor que os Stone Dead. O grupo de Alcobaça conseguiu converter instantaneamente toda a gente ao headbanging com o seu “Good Boys” e assim o continua a fazer pelos palcos nacionais e internacionais, tal como irá fazer para aquecer a multidão para os Black Lips.
Depois, terminado o rock, abre-se a pista de dança. Na sessão seguinte temos Sherwood & Pinch, dupla que junta dois nomes bem consagrados do Dub – Adrien Sherwood e Rob Ellis (aka Pinch) que vão no festival apresentar o seu segundo álbum “Man Vs. Sofa”, editado este ano. Para os que levam as noites sextas-feiras a sério e até ao fim, o Jameson Urban Routes trará ainda Mike Stellar e Gusta-Vo.
O 5º dia:
O último dia, 28 de Outubro, é especial. Não só por ser o desfecho do festival mas porque irá acontecer por Lisboa (depois de ter passado pelo Porto e Cem Soldos, terra do Festival Bons Sons) a apresentação de “Antwerpen”, o álbum de estreia de Surma (nome pelo qual Débora Umbelino prefere ser reconhecida quando em cima do palco). Na verdade a artista de Leiria não tem parado de tocar por todo o lado mas aqui celebrar-se-á a edição do seu primeiro de longa duração, pelo que não será um concerto qualquer. Também com o disco novo na manga, Austra, projecto de Synth-Pop de Katie Stelmanis, vem pela primeira vez a Lisboa, 4 anos após ter passado por Barcelos no Milhões de Festa para nos introduzir o seu “Future Politics”. Ainda na mesma sessão, subirá ao palco Ela Minus, artista colombiana que faz experiências tanto com hardcore como com música electrónica.
Para a sessão seguinte estão reservados dois projectos nacionais: Bateu Matou, projecto que junta a percussão de Quim Albergaria, RIOT e Ivo Costa, e o DJ Nigga Fox, com fusões que vão desde o kuduro ao house ou drum & bass. Para os resistentes, o fecho do festival contará com o DJ Set do britânico Tapes.
Os preços:
Os preços oscilam entre os 10€ e os 20€ para uma sessão individual, e os 20€ e os 27€ para uma entrada diária, e podem ser adquiridos por aqui.
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