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Instagram: o fim dos Likes e o impacto nos Influenciadores

Não, não é um problema no seu telemóvel, é apenas o teste colocado em prática por parte do Instagram: agora todo o conteúdo será acompanhado por “amigo x gostou desta publicação”, apenas. Sem números. Sem métricas sociais. Sem cansaço psicológico, na realidade.

Apesar dos inúmeros benefícios a nível mental, que irá acontecer aos influenciadores digitais que se faziam acompanhar por métricas para mostrarem o seu alcance às marcas? Como conseguiram estas parcerias ser fechadas?

Falaremos, de seguida, um pouco sobre este assunto para que entenda qual o verdadeiro impacto do fim dos likes no Instagram.

Porque os likes no Instagram chegaram ao fim?

O que não faltam são estudos sobre como a competição no Instagram afeta a saúde mental dos seus utilizadores, principalmente os mais jovens. Afinal, grande parte quer ser um influenciador digital, trabalhar com muitas marcas e ganhar dinheiro dessa forma; a maioria lá sabe o trabalho que dá!

No entanto esta competição nunca foi o foco da rede social, muito pelo contrário, o principal objetivo sempre foi promover as interações sociais entre os utilizadores e dar visibilidade a criadores de conteúdo relevantes – novamente, para que exista uma proximidade entre estes e os fãs. Mas esse foco perdeu-se nas métricas.

O que não falta na plataforma são contas com conteúdos que são cópias de alguém com muitos likes ou conteúdos pouco criativos ou originais, só para fazer número, e quem sabe conseguir alcançar as métricas.

Portanto, como foi referido quanto ao assunto, o objetivo do fim dos likes é diminuir o stress relativo à competição associada ao número de gostos que um conteúdo recebe. As palavras de ordem quanto ao foco foram “saúde mental”, “qualidade de conteúdo”, “proximidade social” e “interações reais”.

Este fim dos likes tem um impacto real nos influenciadores? Será o fim?

A realidade é que o fim dos likes pode, realmente, ter um certo impacto nos influenciadores digitais, mas, acreditamos, apenas nos que se posicionaram consoante as métricas sociais.

Se, por outro lado, os influenciadores se posicionarem com um conteúdo de qualidade e uma voz própria, mesmo sem métricas, o conteúdo irá manter-se. O conteúdo pelo qual os fãs se apaixonaram continua a ser o mesmo.

Temos um excelente exemplo para ilustrar esta situação. O influenciador e modelo de fitness Rui Duarte Catana contou a história pela qual decidiu investir no seu físico, sendo essa uma forma de motivar outras pessoas.

Na sua história, o modelo diz que chegou a sentir-se frustrado em diversas situações, sendo que a que realmente o marcou foi as suas filhas estarem a dormir e ser necessário levá-las ao colo para o carro. Na altura o seu físico era outro e foram os amigos a levar as filhas. Isso deixou-o a pensar e essa foi a motivação que ele precisava para mudar.

O influenciador @ruiduartecatana continua a criar conteúdo de qualidade e que atrai os seus seguidores. Mais importante, continua a criar conteúdo motivacional e a inspirar pessoas no mundo. Em Portugal, o modelo de fitness tem trabalhado com diversas marcas, como MW Bodywear – marca de fatos de banho –, ZUMUB – loja online de suplementos –, Protty – marca de pão proteico –, HeraxHero – roupa fitness – e Visão de Prata – ótica no Algarve.

Tal como os restantes influenciadores digitais, Rui Catana vai ver o fim dos seus likes. Mas o seu conteúdo é o que realmente o destaca. A interação que o influenciador consegue com os fãs – em comentários, por exemplo – é o que realmente o destaca. E, no fundo, acreditamos que as marcas vão continuar a trabalhar com ele, não pelas métricas, mas pelo engagement que tem com os seus seguidores.

As marcas vão continuar a trabalhar com influenciadores digitais?

Sim, acreditamos que as marcas vão continuar a trabalhar com influenciadores digitais, mas provavelmente não tendo em conta a métrica. Embora o Instagram diga que estão a tentar resolver o problema relacionado à exposição dos influenciadores, o mais certo é que esta deixe de ser uma métrica que conta.

A partir daqui compete às marcas entender o que precisam e querem para o seu negócio. Querem apenas trabalhar com influenciadores que andam atrás de likes ou trabalhar com quem cria conteúdo relevante e realmente interage com os fãs? Provavelmente a segunda.

Será uma questão de tempo até que as marcas entendam isso. E quando esse momento chegar, certifique-se que está a criar conteúdo relevante.

O fim dos likes não deve ser visto como um impedimento para si enquanto influenciador, mas sim como combustível para criar cada vez melhor conteúdo.



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