Ivan Smagghe @ Lux
Start to Kill a DJ and then Suck my Deck.
Pairava a pergunta no ar de quando seria a tão esperada rentrée do Lux. A resposta foi dada no dia 15 de Setembro. Casa cheia para ver o criador das aclamadas festa “Kill the DJ” que rolam em Paris há já quatro anos!
Embora Ivan Smagghe, não pela falta de qualidade técnica e muito menos pela selecção, não seja um nome muito sonante no panorama “nacional” da música electrónica, a aposta do Lux em convidar este DJ francês por diversas vezes (esta foi a sexta vez que Smagghe actuou na discoteca de Santa Apolónia, tornando-o quase um residente), finalmente justificou-se.
A dúvida sobre qual o caminho que Smagghe iria tomar era grande. Se, por um lado, as suas actuações no Lux enveredaram por uma onda mais deep, bem ao jeito de “Kill the DJ”, já na última vez que tinha actuado por terras lusas, na edição deste ano do festival da Zambujeira do Mar, Ivan mostrou o seu lado mais agressivo, com batidas aceleradíssimas, bem ao estilo electro (ou também chamado por alguns acid), um set bem mais a imagem do seu disco “Suck my Deck”.
E o que aconteceu foi uma entrada por caminhos bem escuros. Durante a primeira hora de set, foi debitada uma música que quase não era de dança, bem dark, mas bastante harmónica. A discoteca foi enchendo e enchendo, chegando mesmo a um nível quase claustrofóbico e, por volta das quatro da manhã, Smagghe teve a capacidade de ver que aquele não era o caminho que o seu set devia prosseguir para tamanha multidão.
Ora toca de rebuscar na mala aquilo a que uma casa cheia tem direito: electro maximal, um cheirinho de electro-house, sempre com um toque funky e sexy de fundo. Teve também alguns instantes em que remontou às suas origens de acid-house.
O resultado foi mais uma daquelas noites de quinta-feira que andavam um pouco desaparecidas do Lux. Smagghe, esse, foi igual a ele próprio, com um look diferente do habitual (cabelo curto). Já com muitos anos disto nas pernas, soube-se moldar à pista e passar de algo interessante para algo que fica na memória. Podem continuar a convidá-lo que ninguém fica a perder…
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