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Janis Joplin. Ou a entrega total à arte dos palcos

"Litlle Girl Blue": O tocante documentário da vida e morte da diva Janis Joplin.

O documentário “Litlle Girl Blue”, realizado por Amy Berg e que tem antestreia em Portugal no dia 22 de Abril no âmbito do IndieLisboa 2016 e a 5 de Maio nos cinemas sobre Janis Joplin, para muitos a Rainha do Rock, é uma tocante narrativa sobre a ascensão da diva ao estrelato. E o retrato é-nos trazido pela correspondência trocada com os pais, amigos, colegas, amantes e conhecidos, além de testemunhos gravados.

Estória contada por Cat Power, mostra que Janis era uma inconformista na sua relação com a vida e arte, que a elevou ao seu mais alto nível, e que como Ícaro tragicamente caiu no leito da morte.

Estranha contradição dos grandes performers dos anos 60 que tal como ela faleceram sob os efeito das drogas como no caso de Jimi Hendrix ou Jim Morrison. Estranha contradição dos maiores intérpretes do seu tempo de caírem nas malhas dos alucinogéneos. E cada um tem a sua própria estória que no balanço final tem qualquer coisa em comum. Uma sombra sobre o brilho estrelar.

Nunca houve dúvidas de que Janis Joplin libertou a figura da mulher através da sua chama fundadora no Rock. Vítima de bullying desde cedo na sua terra natal no Texas começou por ser posta à margem pelos colegas e conhecidos por ser diferente.

A sua curta e ao mesmo tempo longa caminhada é de tentativa de inclusão no grupo, nos amigos, no amor, na sociedade. Numa América dos movimentos sociais libertários Janis Joplin foi uma das mais particulares vozes a revolucionar a música, a questionar a arte, a elevá-la a um estatuto original e magnificente.

 

 



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