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João Blümel

Um mentalista e um grande entertainer

Uma caixa de magia mudou a vida do menino que mais tarde viria a tornar-se num mentalista profissional.

João Blümel começou a praticar truques de magia desde pequeno, quando recebeu a caixa de magia do Luís de Matos. Perfecionista por natureza, praticou a arte da magia até à exaustão. Nunca pensou vir a tornar-se num profissional do espectáculo ou do mentalismo, mas manteve sempre acesa a paixão pelo mundo mágico e nunca deixou de praticar os seus truques.

Nascido no Porto, Blümel mudou de casa várias vezes e rapidamente teve de se adaptar à mudança, o que o fez conhecer várias realidades, desde o mundo cosmopolita e urbano do Porto até à realidade de um mundo pequeno como Vila Nova de Cerveira ou Caminha. Mais tarde, estes períodos nómadas viriam a traduzir-se numa grande capacidade de leitura de várias situações e contextos diferentes.

Por incrível que nos pareça, João confessou-nos que foi uma criança tímida, introspectiva e calada. Tinha dificuldade em fazer amigos mas era extremamente observador e intuitivo. Para o mentalista de agora, era muito fácil ler pessoas e seus aos dezasseis anos dá-se uma grande reviravolta na sua vida: Blümel tem os primeiros contactos com a Programação Neurolinguística, fundada nos anos 70, pelo matemático Richard Bandler e pelo professor adjunto de linguística John Grinder. O leitor de mentes, confessa-se um tanto ou quanto obsessivo-compulsivo relativamente às coisas que o apaixonam, e não descansou enquanto não descortinava esta técnica. Assim que se apercebeu do potencial da Programação Neurolinguística, chegou à conclusão de que “podia fazer mentalismo de uma maneira mais real, ou seja, influenciando e manipulando as pessoas, os truques deixam de ser truques, e passam a ser linguagem.” O jovem leitor de mentes começou a praticar obcessivamente e a testar as respostas das suas “cobaias”, através da linguagem corporal.

Segundo Blümel, há cerca de dez anos atrás deu-se o ponto de viragem para a arte do mentalismo: nascia toda uma nova era de mind reading, os mentalistas deixavam de lado a magia e os truques, passando a utilizar princípios da Psicologia, da Programação Neurolinguista e de hipnose.

“Para mim é a melhor profissão do mundo. Quando tu te apercebes que consegues mesmo influenciar as escolhas das pessoas através do uso inteligente da palavra, é fabuloso.”

Numa conferência dada na Fundação Champalimaud, sobre neurociência e mind reading, João Blümel decompôs o seu número dos “envelopes” sob o ponto de vista da neurociência. Mas os segredos do negócio deixam-se na caixa de Pandora.

O menino tímido tornou-se num entertainer nato, que apresenta um espetáculo próprio, transparente, em que o público se sente como que na sala de estar da casa de Blümel. Este estará sempre pronto a fazer mais um teste ao seu ceticismo.

Não percam a oportunidade de testar os poderes deste mind reader perspicaz, que dança ao som de The Kinks e tem os dotes de um grande comunicador.

“Eu Sei Que Tu Sabes Que Eu Sei”, com João Blümel e convidados, no Teatro-Estúdio Mário Viegas até 19 de Dezembro de 2012, às quartas-feiras, 22:00.



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