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João Rodrigues

"Ser artista é acrescentar… criar algo único e diferente"

No dia 26 de Novembro a Baixa-Chiado PT Bluestation acolhe os trabalhos de João Rodrigues que a convite da RDB irá estar presente a desenhar “ao vivo” das 17:00 às 19:00 (alista-te aqui). Esta exposição integra a programação do mês de Novembro, da responsabilidade da RDB.

Na primeira classe desenhava “cowboys e índios”, hoje o seu trabalho pode ser encontrado em diferentes objectos que vão desde almofadas a capas para iPhone. Inspirado por Tim Burton, Oliver Jeffers e principalmente pela música que ouve, criou um imaginário muito próprio, personagens adoráveis e misteriosas que ganham “vida” nas suas telas. Fiel representante do Montijo, João Rodrigues é um artista talentoso que merece toda a atenção possível. Para nós é uma honra apresentar o seu trabalho na Baixa-Chiado PT Bluestation.

Quem és, de onde vens e para onde vais?

João Rodrigues, venho do Montijo e, sinceramente, qualquer que seja o meu destino espero que seja melhor do que aquele em que vivemos actualmente.

Consideras-te um artista, um ilustrador, ou outra coisa qualquer?

Um artista. Seja na ilustração, música, teatro ou qualquer outra arte, estamos a dar um pouco de nós, a criar e recriar algo. E ser artista é isso mesmo, acrescentar… criar algo único e diferente.

Sempre quiseste desenhar como profissão? Quando eras pequenino não querias ser bombeiro?

Curiosamente queria ser advogado. O gosto pela arte surgiu um pouco depois, quando descobri que era a forma ideal para me exprimir.

Qual é o primeiro desenho teu que te lembras?

Uma BD que fiz talvez na primeira classe, com personagens como cowboys, índios e muitos tiros à mistura.

Preferes o papel, o computador, ou o iPad?

Hoje em dia prefiro o computador. Eu e a minha tablet somos inseparáveis. Mas nunca deixei de parte o papel, claro! Infelizmente ainda não é possível fazer com uma tablet o que se faz com um computador… ainda devemos ter que esperar um tempo.

É possivel ser ilustrador profissional em Portugal ou o mercado está completamente lotado? Já pensaste em emigrar?

Julgo que uma área tão rica e que tanto pode dar à sociedade não poderá nunca considerar-se lotada. O que sinto é que se aposta pouco na ilustração, há poucos apoios financeiros, poucos projetos, é um mercado de trabalho “agressivo” em que, tal como em outras profissões, não se pode ser apenas ilustrado. O mercado é cada vez mais competitivo apelando ao dinamismo e pro-actividade que nem sempre são características inatas de qualquer pessoa… Julgo que as dificuldades que se encontram nesta área não serão muito diferentes das restantes, em parte devido à conjuntura económica que atravessamos.

Já pensei algumas vezes na possibilidade de atravessar fronteiras, mas outros valores se levantam… a família.

Criaste um imaginário muito próprio. Podes explicá-lo?

É um imaginário que surge de uma mescla de inspirações, desde Tim Burton a Oliver Jeffers, mas penso que acima de tudo tem muito a ver com a música que oiço. A música é sem dúvida a inspiração maior. Gosto de pensar que, da mesma maneira que uma pessoa ouve uma música e fica dias a pensar na letra, o mesmo possa acontecer com os meus quadros. A porta fica aberta à imaginação de quem os contempla.

As tuas ilustrações podem ser encontradas em almofadas e capas de iPhone …

Sim, as minhas ilustrações podem ser encontradas nos mais variadíssimos sitos, dos quais destacaria a Princess Pea, a society6 a Wondepapers, entre outros. E ainda… Ilustração infanto-juvenil e Portraits

Na exposição na Baixa-Chiado PT Bluestation o que vamos encontrar?

Um pouco do meu trabalho, e para os mais atentos um pouco de mim também!



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